Irã é acusado de ocultar dados e mortes causadas pelo coronavírus
Hoje, oficialmente, a doença infectou 10.075 pessoas e matou 429, segundo os mais recentes dados oficiais do país asiático
Internacional|Da EFE
Cerca de 70 médicos iranianos que moram nos Estados Unidos e Europa enviaram uma carta à Organização Mundial de Saúde (OMS), em que acusam o regime de Teerã de ocultar o alcance do coronavírus no território e que o número de mortos pode chegar a 3 mil.
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Atualmente, o governo local aponta que foram 429 os óbitos registrados em decorrência da covid-19, a doença provocada pelo novo patógeno. O dado é contestado pelo grupo de especialistas que formam a organização Conselho Nacional de Resistência do Irã.
"Nossos colegas no Irã destacam que a principal razão da expansão do coronavírus aconteceu devido a considerações políticas do regime, unidas a falta de um alerta oportuno à opinião pública e à incompetência para gerir crises", diz o texto dirigido ao diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
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A enfermeira Parvaneh Tarverdian, que vive no Canadá e apresentou o documento em Genebra, na Suíça, afirmou que ao ocultar dados, o governo do país asiático pode ter minado os esforços da Organização Mundial de Saúde para contar a pandemia.
"O regime se nega a dar os números reais dos afetados e mortos, pelo interesse de controlar a sociedade e reprimir qualquer protesto", afirmou a signatária.
Hoje, as autoridades iranianas revelaram pedido de empréstimo de US$ 5 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI), para o combate ao coronavírus, que, oficialmente, infectou 10.075 pessoas e matou 429, segundo os mais recentes dados oficiais.