Centenas de pessoas se reuniram nesta segunda-feira (25) na rua da região central de Minneapolis (EUA) onde o segurança George Floyd foi dominado e morto durante uma abordagem policial há uma semana. O crime deu origem a uma série de protestos contra o racismo e a violência policial em todo o país.
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Terrence Floyd, irmão de George, esteve no local. Ele conversou com manifestantes, se ajoelhou no ponto da rua onde o irmão morreu e depois falou rapidamente com ajuda de um megafone.
"Vamos fazer as coisas pacificamente, por favor. Sei que todos estão revoltados, eu estou mais revoltado que todo mundo, mas sei que meu irmão não ia querer isso (violência). Vamos parar de achar que nossa voz não importa e votar. Vamos nos informar e votar direito", disse ele.
Para o irmão de George Floyd, protestos com uso de violência não ajudam. "Em todos os casos de violência policial, a mesma coisa acontece: protestam, destroem coisas e eles não mudam. Sabe por que eles não mudam? Porque não são coisas deles destruídas, são as nossas. Vamos fazer de outro jeito", pediu.
Autópsia independente
Nesta segunda, o advogado Ben Crump, que representa a família de George Floyd, divulgou resultados de uma autópsia independente feita no corpo. Segundo o laudo, Floyd morreu por "asfixia por pressão", por causa dos três policiais que estavam sobre seu corpo. Derek Chauvin, que tinha o joelho no pescoço da vítima, foi preso e aguarda julgamento.
De acordo com Crump, a autópsia mostra que o peso do corpo de Chauvin no pescoço da vítima interrompeu o fluxo de sangue para o cérebro. Os vídeos mostram que o policial manteve o joelho no pescoço de George Floyd por 8 minutos e 46 segundos e que ele ficou inconsciente por quase 3 minutos.
Ele ainda foi levado ao hospital, mas foi declarado morto ao dar entrada. "George morreu porque precisava de ar", disse o advogado. "A ambulância foi seu carro fúnebre".
A promotoria do condado de Hennepin, responsável pela acusação, disse que a causa da morte será determinada por uma investigação federal que ainda está em andamento, e não comentou o laudo. O primeiro laudo, feito pela polícia de Minneapolis, culpou problemas de saúde que Floyd teria anteriormente.