Irmãos de Ariel Castro dizem que são inocentes e estão sendo perseguidos

Após a prisão de Ariel Castro na segunda-feira (6), acusado de estuprar três mulheres por mais de uma década em sua casa, em Cleveland, Ohio, seus dois irmãos Pedro e Onil Castro estão escondidos em um local não revelado. Ambos chegaram a ser presos por suposto envolvimento com o caso. As informações foram retiradas da CNN.

Dias depois, a polícia divulgou que os dois não estavam envolvidos com o sequestro e tortura de Amanda Berry, Gina DeJesus e Michelle Knight. Além dos irmãos, outros familiares estão escondidos, incluindo a mãe de 71 anos.

Em entrevista exclusiva a CNN, os irmãos afirmam que foram lançadas pedras em suas casas, arrobamentos e também recebem ameaças de morte pela internet. Eles dizem que estão presos por algo que não fizeram e ainda temem que as pessoas sempre acreditem que estivessem envolvidos no caso. Onil Castro destaca que não existe a possibilidades das pessoas questionarem o seu carater.

— Nunca tive inimigos. Não existe razão para que ninguém pense que eu faria algo assim. É um choque para todos os meus amigos. Eles não conseguiam acreditar.

Pedro afirmou que teria denunciado seu irmão para polícia se soubesse o que supostamente estava fazendo na casa. Mesmo assim, os irmãos enfatizaram que estão agradecidos porque as vítimas foram liberdatas e se encontram salvas, apesar de ficarem atormentados de pensar o que ocorreu durante anos na casa de Ariel Castro.

As famílias de Amanda e Gina pediram à imprensa que respeitem a privacidade das jovens, enquanto os principais canais de televisão de Cleveland retiraram suas equipes da frente das casas das vítimas. Ainda não está claro se Michelle, a pessoa que mais tempo passou em cativeiro, se encontra também no interior da casa da família Gina como informaram alguns meios de imprensa. Ariel Castro segue preso na prisão do condado de Cuhayoga, em Cleveland, vigiado 24 horas do dia perante o temor de que o acusado possa cometer suicídio.