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Isabel dos Santos vai processar jornalistas por 'Luanda Leaks'

Mulher mais rica da África, filha do ex-presidente de Angola entrou na Justiça contra consórcio jornalístico que publicou denúncias de corrupção

Internacional|Do R7

A empresária angolana Isabel dos Santos, considerada a mulher mais rica da África, anunciou nesta segunda-feira (27) em comunicado enviado à Agência Lusa que processará o Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo (ICIJ, na sigla em inglês) pelo escândalo batizado como "Luanda Leaks".

No último dia 19 de janeiro, o ICIJ revelou, com base em mais de 715 mil documentos vazados, detalhes sobre os esquemas financeiros que teriam sido utilizados por Isabel, filha do ex-presidente de Angola José Eduardo dos Santos, para desviar dinheiro público.

Depois da publicação feita pelo ICIJ, a Justiça de Angola acusou formalmente Isabel dos crimes de corrupção e enriquecimento ilícito cometidos durante o governo de José Eduardo, que governou o país por 38 anos.'

"Campanha na imprensa"

Isabel anunciou hoje que o escritório Schillings Partners será o responsável pelas ações contra o consórcio de jornalismo. Ela ainda afirmou que está sendo alvo de uma campanha orquestrada por vários veículos de imprensa.


"Estando sendo usadas de forma selecionada imagens e documentos mal interpretados e supostamente baseados em e-mails obtidos por hacking para construir um relato enganoso sobre minhas empresas, investimentos e trabalho em geral", afirmou a empresária.

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"As empresas com as quais opero são legítimas, pagam impostos e nenhuma jamais foi condenada por atividade criminal", completou Isabel em comunicado.


As investigações contra a filha do ex-presidente de Angola começaram após uma denúncia de seu sucessor na empresa de petróleo estatal Sonangol, Carlos Saturnino. Segundo ele, depois de deixar o cargo, Isabel ordenou uma transferência milionária de dinheiro público para uma empresa em Dubai, usando o banco português Eurobic.

O escândalo abalou Angola e o setor financeiro de Portugal, onde a família de Isabel mantém boa parte de seu império e possui participações em algumas das principais empresas do país, como o próprio banco Eurobic.


O caso se agravou na semana passada com a morte do assessor financeiro de Isabel e diretor do Eurobic, Nuno Ribeiro da Cunha, que seria peça-chave para esclarecer o desvio de milhões da Sonangol. As investigações preliminares indicam que ele se suicidou.

Nas últimas horas, o hacker português Rui Pinto, que está preso por fraude informática devido a divulgação de documentos por meio do chamado "Football Leaks", disse também ser o responsável pelo "Luanda Leaks".

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