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Israel diz aos Estados Unidos que guerra contra Hamas ‘será longa', mas 'bem-sucedida’

'Preço será alto, mas venceremos', disse Yoav Gallant, ministro da Defesa, a Antony Blinken, pouco antes de possível visita de Biden

Internacional|Do R7, com AFP

Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant (esq.), se reuniu com secretário de Estado dos EUA
Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant (esq.), se reuniu com secretário de Estado dos EUA

O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse nesta segunda-feira (16) ao chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, que visita Israel, que a guerra contra o grupo terrorista Hamas será longa, mas bem-sucedida.

"Deixe-me dizer: será uma guerra longa, o preço será alto, mas venceremos, por Israel, pelo povo judeu e pelos valores em que nossos povos acreditam", afirmou Gallant a Blinken no Ministério da Defesa, em Tel Aviv.

A declaração foi feita após uma suposta crítica do governo dos Estados Unidos. Neste domingo (15), o presidente americano, Joe Biden, disse que “seria um grande erro [apoiar uma ocupação de Gaza], porque o Hamas não representa todo o povo palestino”.

Mas invadir e "eliminar os extremistas" é um "requisito necessário", completou Biden, durante entrevista que foi dada ao programa de notícias 60 Minutes, da emissora CBS.


A Faixa de Gaza é controlada pelos terroristas do Hamas e é o principal alvo da ofensiva de Israel — foi a partir desta região que os extremistas islâmicos lançaram, em 7 de setembro, o ataque que deixou mais de 1.400 israelenses mortos e capturou mais de 150 reféns. 

Dedicação total

A Casa Branca anunciou, nesta segunda-feira (16), o cancelamento de uma viagem que o presidente Joe Biden deveria fazer ainda hoje ao estado do Colorado, em um momento em que vários veículos da imprensa falam sobre uma possível visita a Israel nesta semana.


Biden permanecerá em Washington para "participar de reuniões sobre questões de segurança nacional", afirmou um breve comunicado do Executivo americano.

"Houve um convite do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu", disse nesta segunda-feira a uma rede de televisão americana o porta-voz da Casa Branca, John Kirby. Porém, "não há nenhuma viagem da qual eu possa falar agora", acrescentou.


A intenção de Biden é "permanecer focado no que está acontecendo entre Israel e o Hamas", completou o porta-voz. O democrata, de 80 anos, tinha uma viagem prevista ao Colorado para visitar uma fábrica de torres eólicas.

A imprensa americana garante que autoridades de Israel e dos Estados Unidos conversam sobre uma possível visita de Biden, que prometeu apoio "inabalável" depois dos ataques terroristas do Hamas no dia 7 de outubro.

Essa não seria a primeira viagem de Biden a um país em guerra, já que, em fevereiro, ele esteve na Ucrânia depois de uma preparação para a visita, mantida em absoluto segredo. O presidente americano também já foi a Israel em julho de 2022.

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