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‘James Bond de Moscou’: britânico é condenado por tentar espionar para a Rússia

Howard Phillips, de 65 anos, tentou fornecer informações sensíveis a supostos agentes russos, que na verdade eram policiais disfarçados

Internacional|Do R7

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Howard Phillips foi condenado depois de tentar espionar para a Rússia Divulgação/Comando Antiterrorismo de Londres

Um britânico de 65 anos, que sonhava em ser como o famoso agente secreto James Bond, foi condenado nesta terça-feira (22) por tentar espionar para o que acreditava ser o Serviço de Inteligência Russo.

Howard Phillips, de Harlow, no condado de Essex, foi acusado de violar a Lei de Segurança Nacional do Reino Unido ao oferecer dados pessoais sensíveis sobre o ex-secretário de defesa britânico, Grant Shapps, e buscar auxiliar atividades de espionagem.


RESUMO DA NOTÍCIA

  • Howard Phillips, de 65 anos, foi condenado por tentar espionar para a Rússia.
  • Ele ofereceu informações sensíveis sobre o ex-secretário de defesa britânico, Grant Shapps.
  • A prisão ocorreu após interações com policiais disfarçados que ele acreditava serem agentes russos.
  • A motivação principal de Phillips era financeira, buscando ganhos através da espionagem.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Phillips foi preso em 16 de maio do ano passado, em Londres, depois de uma série de interações com policiais britânicos disfarçados que ele acreditava serem agentes russos. A sentença dele será definida em breve, segundo o Comando Antiterrorismo de Londres.

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Sonho de espionagem

Segundo o tribunal, Phillips tentou fornecer informações pessoais sobre Grant Shapps, como o endereço residencial dele, para supostos agentes russos. O homem já havia trabalhado como deputado local do ex-secretário.


A ex-esposa do réu, Amanda Phillips, revelou durante o julgamento que ele era obcecado por filmes de espionagem e “sonhava em ser como James Bond”, segundo a rede britânica BBC.

De acordo com a polícia, em mensagens trocadas por aplicativos de conversa com os supostos espiões russos, Phillips se apresentava como “semi-aposentado, mas com conexões em altos cargos”.


Ele chegou a pedir que os agentes usassem o termo “mãe” em vez de “Moscou” ao se referirem ao suposto destinatário de suas informações, na esperança de receber o “total apreço” por seu trabalho.

Em abril de 2024, ele deixou um pen drive em uma bicicleta perto das estações de trem St Pancras e Euston, em Londres, contendo um documento no qual afirmava ser “inestimável” para uma potência estrangeira, oferecendo “100% de lealdade e dedicação”.


Prisão

A investigação foi conduzida pelo Comando Antiterrorismo da Polícia Metropolitana de Londres, que descobriu que a principal motivação de Phillips era financeira. Desempregado, ele via na espionagem uma forma de obter ganhos econômicos.

Em uma série de e-mails, mensagens em redes sociais e reuniões presenciais, Phillips demonstrou entusiasmo em colaborar com os supostos agentes russos.

“A condenação de Phillips é um aviso claro para qualquer um que pense que atuar em nome de um estado estrangeiro é uma forma fácil de ganhar dinheiro. Levamos esse tipo de atividade extremamente a sério, e os responsáveis enfrentarão consequências graves”, disse Helen Flanagan, chefe de operações do Comando Antiterrorismo.

Além de tentar fornecer informações sobre Shapps, Phillips também se candidatou, em outubro de 2023, a um emprego na Força de Fronteira do Reino Unido. Segundo os promotores, essa era mais uma etapa do plano dele para ajudar os interesses russos.

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