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Javalis Selvagens: conheça o time dos garotos presos em caverna

Refugiados há mais de duas semanas em uma caverna de Chiang Rai, na Tailândia, adolescentes jogam em clube modesto da região

Internacional|Guilherme Padin, do R7

Clube dos Javalis Selvagens conta com atletas dos 11 aos 19 anos
Clube dos Javalis Selvagens conta com atletas dos 11 aos 19 anos

Um time de futebol de garotos de 11 a 16 anos, acompanhado de seu técnico, está preso em uma caverna inundada da Tailândia desde 23 de junho.

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Juntos de Ekaphol Chantawong, o técnico, os garotos saíram para explorar a caverna Tham Luang Nang Non.

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Eles fazem parte do Javalis Selvagens, clube localizado na província de Chiang Rai, e que conta apenas com categorias sub-19, sub-16 e sub-12.

Membros do time sub-16 do clube, os 12 adolescentes tiveram seus nomes identificados há cerca de uma semana.


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O jornal tailandês Thai Rathe e o inglês The Guardian fizeram um levantamento com as posições de cada um dos garotos do Moo Pa (nome da equipe em tailandês).


Confira as informações sobre os membros dos Javalis Selvagens:

GOLEIROS:

- Aekkarat Wobgsukchan, da escola Daroonrat Witthaya. De apelido Bew, o garoto de 14 anos é um dos mais disciplinados do grupo e foi graças à sua personalidade que ele evoluiu no futebol.

- Pipat Pothi, da escola Ban Sansai. Pothi, 15, também é conhecido como Nick. Amigo de Bew, ele não pertence à equipe e apenas treinava junto dos garotos em 23 de junho, data em que os 12 garotos e o técnico entraram na caverna como refúgio.

- Prachak Sutham, da escola Mae Sai Prasitsart. O versátil garoto de 14 anos é goleiro, mas também atua como meio-campo. Note, como é chamado, joga futebol há dois anos.

DEFENSORES:

- Pornchai Kamluang, da escola Ban Pa Yang. Kamluang é um dos mais velhos jogadores da equipe. Apelidado de Tee, ele tem 16 anos.

- Panumat Saengdee, da escola Mae Sai Prasitsart. Mick, como também é chamado, tem 13 anos mas é descrito como um defensor ideal por conta de sua saúde e de seus “fluidos movimentos”. Seus técnicos já consideraram usá-lo como atacante por conta de suas habilidades nos cabeceios.

MEIO-CAMPISTAS:

- Adul Sam-on, estudante da escola Ban Wiang Parn. Sam-on foi o responsável por conversar com os mergulhadores que encontraram o time dos Javalis Selvagens. Aos 14 anos, o garoto fala quatro línguas: tailandês, birmanês, mandarim e inglês, idioma utilizado para falar com os mergulhadores.

- Phirapat Sompiangjai, da escola Mae Sai Prasitsart. Conhecido como Night (noite, em inglês), o garoto joga pela meia direita.

- Sompong Jaiwong, da escola Mae Sai Prasitsart. Pong, como é conhecido, também joga na meia direita, mesma posição de Sompiangjai.

Pong tem 13 anos e é meia direita do time
Pong tem 13 anos e é meia direita do time

ATACANTES:

- Chanin Wiboonrungruang, da escola de jardim de infância Mae Sai. Jogador mais jovem da equipe, Titan, como é apelidado o garoto, tem apenas 11 anos. Ele joga futebol há cinco anos. Em 2015, foi convidado para jogar pelo Wild Boars (Javalis Selvagens, em inglês).

- Duangpet Promthep, da escola Mae Sai Prasitsart. Aos 13 anos, Promthep é o capitão do time. Seus colegas dizem que a liderança é uma de suas grandes qualidades. Ele já participou de testes em clubes tradicionais da província, como Sukhothai FC e Chiangrai United FC.

- Natthawut Thakhamsai, da escola Mae Sai Prasitsart. Conhecido como Tle, Thakhamsai tem 14 anos.

Assistente técnico estagiário

- Mongkol Boonyiam, da escola Ban Pa Mued. O garoto tem 14 anos e é assistente do técnico Ekaphol Chantawong. Boonyiam joga futebol desde o jardim de infância e torce para o Muangthong United, onde joga o brasileiro Jajá, ex-Flamengo e Internacional.

Órfão aos dez anos, técnico Ake já foi monge

Ake, ao centro, acompanhava os garotos no dia 23 de junho
Ake, ao centro, acompanhava os garotos no dia 23 de junho

Ekaphol Chantawong, de 25 anos, é o técnico assistente dos Javalis Selvagens. O treinador principal da equipe, Nopparat Khanthavong, 37, não pôde estar com a equipe no dia 23 de junho. Foi assim, então, que o técnico assistente os acompanhou naquele sábado.

Segundo o diário britânico Daily Mirror, Ake, como é conhecido o jovem técnico, ficou órfão aos dez anos, e então passou a estudar para ser monge.

Após atingir seus objetivos, ele teve de deixar o monastério para cuidar de sua avó, e, portanto, passou a trabalhar com o Javalis Selvagens, que acabara de ser criado — três anos atrás —, como parte de sua rotina.

Nas últimas duas semanas, enquanto os membros do time aguardam o resgate, a presença e os conhecimento de Ake têm ajudado os garotos, que, por meio da meditação, não têm movimentado seus corpos em demasia e gastos suas energias.

Songpol Kanthawong, o javali paciente

Jogador do Javalis Selvagens, Songpol Kanthawong, 13, chegou a jogar com os garotos naquele sábado. A pedidos de sua mãe, porém, ele não os acompanhou na ida à caverna.

Ele tem aguardado há mais de duas semanas as notícias sobre seus companheiros de time e amigos.

Como informa o The Australian, por considerar o destino como um local perigoso — e ciente do desejo do irmão mais novo de Kanthawong de participar da atividade —, a mãe do adolescente disse para que ele ficasse em casa.

Kanthawong (à direita) aguarda pela chegada dos amigos
Kanthawong (à direita) aguarda pela chegada dos amigos

O jovem atleta disse à publicação australiana que não quis discutir com a mãe, pois já havia ouvido histórias de pessoas que se perderam na caverna, e então consentiu.

Ele também afirma que tem se sentido "muito sozinho" desde o dia do ocorrido, e que se sente feliz por eles estarem saindo com saúde do local.

Imagens mostram a complexa operação de resgate na Tailândia

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