Jiang Zemin, ex-presidente chinês, morre aos 96 anos de leucemia e falência múltipla dos órgãos
Ex-líder saiu do anonimato e assumiu o poder após repressão a um ato pela democracia na praça Tiananmen (Paz Celestial) em 1989
Internacional|Do R7, com Reuters e AFP
O ex-líder chinês Jiang Zemin, que comandou a transformação do país do fim dos anos 1980 até o início do século XXI, morreu nesta quarta-feira (30), aos 96 anos, na cidade natal dele, Xangai, anunciou a agência estatal de notícias Xinhua por meio de uma carta.
"A morte do camarada Jiang Zemin é uma perda incalculável para nosso partido e nosso Exército, assim como para todos os grupos étnicos do nosso povo", diz o comunicado, que afirmou ainda fazer o anúncio com "profunda consternação".
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Jiang assumiu o poder após a repressão da praça Tiananmen (Paz Celestial), quando, em 1989, um grupo lutava pela democracia, e levou o país de maior população do mundo a emergir como uma potência global.
"Jiang Zemin morreu vítima de leucemia e falência múltipla de órgãos em Xangai às 12h13 de 30 de novembro de 2022, aos 96 anos, foi anunciado nesta quarta-feira", afirmou a Xinhua.
A carta da agência estatal de notícias ainda descreveu o comunista como um líder excepcional de grande prestígio, um grande marxista, homem de Estado, estrategista militar e diplomático, assim como um veterano lutador pela causa comunista.
Quando Jiang sucedeu Deng Xiaoping como líder em 1989, a China ainda estava na primeira etapa de sua modernização econômica.
Quando ele deixou o cargo de presidente, em 2003, a China era membro da Organização Mundial do Comércio (OMC), havia conquistado o direito de organizar os Jogos Olímpicos de 2008 e avançava para assumir o papel de superpotência.
Analistas afirmam que Jiang e seu grupo, conhecido como Gangue de Xangai, continuaram a influenciar a política do regime comunista por muito tempo após sua saída do poder.
Ele deixa a esposa Wang Yeping e dois filhos.