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Johnson depõe em investigação sobre festas durante lockdown

Mídia diz que ocorreram 14 eventos desse tipo na residência oficial do governo; relatório final deve ser divulgado nesta semana

Internacional|Da Ansa

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson caminha em Downing Street
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson caminha em Downing Street O primeiro-ministro britânico Boris Johnson caminha em Downing Street

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, deu seu depoimento nesta segunda-feira (17) a Sue Gray, alta funcionária pública responsável por investigar a série de denúncias de festas na residência oficial em Downing Street durante o lockdown.

Segundo vários jornais britânicos, inclusive os conservadores pró-governo, o premiê "compartilhou o que sabia" sobre os eventos, chamados de "partygate", e seu depoimento estará no relatório final de Gray, que deve ser divulgado ainda nesta semana.

A situação se agrava dia após dia. A mídia britânica diz que, ao todo, houve 14 eventos desse tipo na residência oficial do governo. Nem todas as festas contaram com a presença de Johnson, mas foram seus assessores mais próximos que organizaram os encontros, regados a bebidas alcoólicas.

Nesta segunda-feira, o jornal Daily Mirror informou que em um desses encontros, dias antes do Natal de 2020, Johnson fez um longo discurso para homenagear o consultor para a Defesa Steve Higham, que estava deixando o governo.

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Por causa das duas primeiras denúncias, Gray, que faz parte do conselho de ética, começou a investigar se houve violação das regras sanitárias instituídas pelo próprio governo, que, à época, proibia qualquer tipo de encontro entre pessoas que não morassem na mesma residência para evitar a disseminação da Covid-19.

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Mas a situação virou uma grande bola de neve, com cada vez mais denúncias de eventos. Uma dessas festas, inclusive, aconteceu às vésperas do funeral do príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth 2ª. O governo emitiu uma nota em que pede desculpas à família real.

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No Parlamento, Johnson também pediu desculpas à população por outro evento, em maio, mas disse que os encontros "não violaram" a legislação.

O Partido Trabalhista, de oposição, pede publicamente a renúncia de Johnson, mas o pedido também começa a aumentar entre os conservadores. Conforme a mídia, mais de 30 parlamentares já notificaram a sigla para dar um voto de desconfiança contra Johnson.

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Também nesta segunda o ministro da Educação, Nadhim Zahawi, negou que o governo esteja fazendo o que foi chamado de Operation Red Meat, ou seja, anunciar medidas populistas para acalmar a opinião dos cidadãos sobre o governo.

Mas diversas medidas que afetam diretamente a vida da população foram anunciadas por Johnson. Entre elas, cortes no financiamento da emissora BBC, fundamental para a sustentabilidade financeira da empresa de comunicação, e afrouxamento das regras sanitárias para os vacinados. 

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