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Joias, motos e caos: tudo o que se sabe sobre o roubo de US$ 100 milhões no Louvre

Presidente francês Emmanuel Macron classificou o episódio como ‘um ataque’ ao país; suspeitos ainda não foram identificados

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Roubo de joias da coroa francesa no Louvre abala a segurança do museu.
  • Quadrilha organizada realizou o assalto em menos de quatro minutos, usando motonetas e ferramentas elétricas.
  • Valiosas peças, avaliadas em US$ 100 milhões, incluem tiaras e colares de imperatrizes do século XIX.
  • Investigação em andamento com coleta de DNA e impressões digitais, enquanto o governo francês revisa protocolos de segurança.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Louvre abriga mais de 33 mil obras de todas as épocas, incluindo antiguidades do Egito, Mesopotâmia e mundo clássico Divulgação/Museu do Louvre

O Museu do Louvre, em Paris, voltou a receber visitantes nesta quarta-feira (22), três dias depois de um roubo que abalou a França e expôs falhas na segurança da instituição mais visitada do mundo. Ladrões mascarados levaram oito peças das joias da coroa francesa em uma ação que durou menos de quatro minutos e ocorreu em plena luz do dia.

De acordo com as investigações, o assalto aconteceu no domingo (19), por volta das 9h30, logo após o museu abrir. Quatro suspeitos chegaram em motonetas e usaram um elevador mecânico montado em um veículo para acessar uma varanda que dá para a Galeria Apollo, onde estavam as joias. Dois deles entraram cortando uma janela com ferramentas elétricas, ameaçaram os guardas, destruíram vitrines e recolheram os itens antes de fugir em scooters em direção a uma rodovia próxima.


A promotora de Paris, Laure Beccuau, afirmou na quinta-feira (23) que o furto no Museu do Louvre foi arquitetado e consumado por uma “organização criminosa”. Segundo ela, o grupo responsável pelo assalto agiu com alto nível de preparo.

Ela disse que foram coletadas impressões digitais de mãos e pés e mais de 150 amostras de DNA. Também foram recolhidos objetos deixados pelos assaltantes como capacetes, luvas e coletes. Segundo Beccuau, os resultados não serão imediatos. “As análises exigem prazos, mesmo que sejam prioritárias para os laboratórios”, disse.


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O que foi roubado?

As peças roubadas incluem tiaras, colares, brincos e broches incrustados de esmeraldas, diamantes e safiras que pertenceram a imperatrizes e rainhas do século XIX, entre elas Eugênia, esposa de Napoleão 3º, e Maria Luísa, esposa de Napoleão Bonaparte. O valor estimado da coleção chega a US$ 100 milhões.

O Ministério da Cultura informou que o sistema de alarme da galeria havia apresentado falhas recentemente. “Temos que esperar a investigação para saber se o alarme foi desativado”, disse Natalie Goulet, integrante do comitê de finanças do Senado francês. O ministro do Interior, Laurent Nuñez, afirmou que o roubo foi “uma operação de grande porte e altamente organizada”, e que os criminosos pareciam ter recebido ordens de uma organização criminosa,


A ministra da Cultura, Rachida Dati, declarou que as imagens mostram os ladrões entrando “calmamente” e destruindo vitrines, e descreveu o grupo como “experiente”. Ela confirmou que os criminosos tentaram incendiar o veículo usado na fuga, mas foram impedidos pela ação de um funcionário do museu.

Fotografias do local mostraram uma escada apoiada em um elevador mecânico junto ao prédio, na margem do Rio Sena, usada para acessar a galeria. O ministro da Justiça, Gérald Darmanin, disse que o fato de o equipamento ter sido instalado na rua sem ser detectado revela “falhas graves” e que uma revisão completa dos protocolos de segurança está em andamento.


O roubo reacendeu críticas sobre a estrutura e o efetivo do museu. Funcionários haviam feito greve meses antes, alegando falta de pessoal e superlotação. Em 2023, o Louvre limitou o número de visitantes a 30 mil por dia, um terço do máximo anterior. Em 2024, o espaço recebeu 8,7 milhões de pessoas.

O presidente francês Emmanuel Macron classificou o episódio como “um ataque a um patrimônio que prezamos porque é a nossa história” e prometeu recuperar as obras e punir os responsáveis.

Especialistas alertam que os ladrões podem desmontar as joias para vender as pedras preciosas separadamente. “Eles não vão mantê-las intactas. Vão derretê-las e recortar as pedras para esconder o crime”, afirmou Chris Marinello, presidente da Art Recovery International.

O caso despertou comparações com os “Panteras Cor-de-Rosa”, uma rede criminosa que entre os anos 1990 e 2010 realizou roubos milionários de joias e obras de arte na Europa e na Ásia. A Interpol já identificou mais de 800 membros do grupo, conhecido por ataques rápidos e fugas planejadas, mas até o momento não há ligação comprovada entre o roubo no Louvre e a gangue.

O museu reabriu parcialmente, com longas filas sob a pirâmide de vidro, enquanto a Galeria Apollo permanece fechada. A busca pelos quatro suspeitos continua, e mais de 60 investigadores trabalham no caso. Uma das joias, a coroa da imperatriz Eugênia, foi encontrada danificada na rota de fuga.

O ministro do Interior classificou as peças levadas como “de valor patrimonial imensurável”. O governo francês convocou uma reunião de emergência para revisar as medidas de segurança em outras instituições culturais do país.

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