Rei Abdullah II usou empresas offshore para comprar propriedades nos EUA e no Reino Unido
Alex Brandon / POOL / AFPA Jordânia classificou de "distorcidas" as informações publicadas nos chamados Pandora Papers, uma ampla investigação jornalística internacional, sobre os ativos do rei Abdullah II em empresas offshore (em paraísos fiscais) no exterior, considerando-as "uma ameaça à segurança do monarca e de sua família".
A investigação afirma que Abdullah II criou cerca de 30 empresas offshore, por meio das quais comprou 14 propriedades de luxo nos Estados Unidos e no Reino Unido, no valor de mais de US$ 106 milhões.
"Algumas das notícias publicadas sobre os bens imóveis do rei são inexatas, distorcidas e exageradas", afirmou o Palácio Real em um comunicado.
"A publicação, por parte de determinados veículos, dos endereços desses apartamentos, ou residências, constitui uma [...] ameaça à segurança do rei e dos membros de sua família", acrescenta o comunicado.
Depois da publicação da investigação feita pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (Icij, na sigla em inglês), os advogados do rei da Jordânia, citados pela rede BBC, asseguraram que o monarca usou sua fortuna pessoal e recorreu a empresas offshore por questões de segurança e discrição.