Rússia x Ucrânia

Internacional Jornalista que protestou contra a guerra fugiu da Rússia, diz advogado

Jornalista que protestou contra a guerra fugiu da Rússia, diz advogado

Marina Ovsyannikova ganhou notoriedade ao exibir cartaz ao vivo em TV estatal em que criticava invasão russa da Ucrânia

AFP

Resumindo a Notícia

  • Jornalista russa fugiu da Ucrânia com a filha, segundo advogado
  • Sem dar grandes detalhes, advogado revela que ela e a filha estão na Europa
  • Marina Ovsyannikova denunciou invasão russa em canal de TV pró-Kremlin
  • A jornalista estava na lista de procurados por ter evadido prisão domiciliar
Marina Ovsyannikova, que aparece atrás da apresentadora na imagem, protestou contra a invasão russa

Marina Ovsyannikova, que aparece atrás da apresentadora na imagem, protestou contra a invasão russa

Reprodução Twitter/Kevin Rothrock

A jornalista russa Marina Ovsyannikova, que protestou contra a repressão na Ucrânia ao vivo na televisão, fugiu da Rússia com sua filha, disse seu advogado à AFP nesta segunda-feira (17).

"Ovsyannikova e sua filha deixaram a Rússia poucas horas depois de saírem do local onde estavam em prisão domiciliar. Elas estão agora na Europa. Estão bem. Elas estão esperando até que possam falar publicamente, mas por enquanto isso não é certo", disse o advogado da jornalista, Dmitri Zakhvatov.

Esse anúncio ocorre duas semanas depois que as autoridades russas a puseram em uma lista de procurados, sugerindo que a repórter estava foragida.

A repórter ganhou notoriedade em março, quando apareceu no noticiário do canal pró-Kremlin Canal Um, com uma faixa em que denunciava a ofensiva na Ucrânia.

Depois de trabalhar no exterior por vários meses, principalmente para o jornal alemão Die Welt, ela anunciou no início de julho que havia retornado à Rússia.

Ovsyannikova, 44 anos, foi posta em prisão domiciliar depois de protestar perto do Kremlin em meados de julho segurando uma faixa que dizia "Putin é um assassino. Seus soldados são fascistas".

A jornalista é acusada de ter divulgado informações que as autoridades consideram falsas sobre o Exército, o que pode ser punido com dez anos de prisão.

O advogado dela já havia informado à AFP que Ovsyannikova estava na lista de procurados por ter evadido a prisão domiciliar.

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