A Rússia declarou nesta segunda-feira (3) a busca e captura da jornalista Marina Ovsyannikova, conhecida após ter invadido um programa de televisão com um cartaz contra a campanha militar na Ucrânia, por ter violado os termos de sua prisão.
Ovsyannikova foi inserida no banco de dados de pessoas procuradas do Ministério do Interior, conforme registrado no site do departamento.
A jornalista emigrou para a Alemanha depois de protestar contra a decisão do Kremlin de lançar a chamada "operação militar especial" na Ucrânia, mas depois voltou para a Rússia, onde continuou se manifestando contra o conflito.
Depois de participar de um piquete em meados de julho contra a campanha militar na Ucrânia, Ovsyannikova foi acusada de divulgar informações falsas sobre o Exército russo, pelo que poderia ser condenada a uma pena de até dez anos de prisão.
Em agosto, o Tribunal Bassmanni de Moscou decretou prisão domiciliar para a jornalista até 9 de outubro. No último sábado (1º), Igor Ovsyannikov, ex-marido da jornalista, informou que Marina havia fugido da prisão com a filha.
A fachada do consulado russo em Nova York foi pichada de vermelho no que parece ser um ato de protesto coincidindo com a anexação de quatro regiões da Ucrânia pela Rússia