Jovem da Indonésia é resgatado após 49 dias perdido no mar
Cabana de pesca perdeu a âncora durante uma tempestade em julho e só foi encontrada em agosto, a 2.500 km de onde o adolescente morava
Internacional|Fábio Fleury, do R7
Tripulantes de um navio panamenho levaram um susto no meio de agosto, quando viram uma cabana flutuando no meio do oceano Pacífico, perto da costa do território norte-americano de Guam, na Micronésia.
A bordo, eles encontraram o pescador Aldi Novem Adilang, de apenas 19 anos. Ele estava há 49 dias perdido no mar e foi achado a 2.500 quilômetros de sua terra natal, uma pequena vila próxima à cidade de Manado, na Indonésia.
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Cabana de pesca
A cabana flutuante em que Adilang foi encontrada é chamada de "polong". A estrutura da balsa fica presa a uma âncora no meio do mar, tem uma rede que fica aberta e uma luz que atrai os peixes durante a noite.
A função de Adilang, que morava durante meses na cabana, era manter a luz da armadilha acesa à noite. Um barco da empresa onde ele trabalha ia semanalmente à polong para levar água potável e comida.
Em 14 de julho, uma tempestade fez a amarração da cabana estourar e o indonésio ficou à deriva em mar aberto desde então. Segundo contou aos tripulantes do navio que o resgatou em 31 de agosto, durante os 49 dias ele chegou a ver dez embarcações diferentes passando perto, mas ninguém parou.
Como ele sobreviveu à deriva
Durante esse período, Adilang se manteve vivo cozinhando peixes que conseguia pescar. Para fazer fogueiras no convés da pequena cabana, ele quebrava pedaços de madeira da cerca e do teto.
Usando o pano das próprias roupas, ele filtrava água do mar e conseguia retirar sal suficiente para poder beber pequenas quantidades de líquido.
Quando foi achado pelos tripulantes do cargueiro panamenho, estava tão exausto que mal conseguia se levantar. Adilang desembarcou do navio em Osaka, no Japão, no início deste mês e em seguida e retornou à Indonésia.
Ao ser entrevistado pela imprensa de Manado, o adolescente contou que pensou em dar fim a seu sofrimento e se jogar o mar, mas que perseverou ao pensar nos pais.
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