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Justiça chilena confirma aumento de detenções ilegais em protestos

Presidente da Suprema Corte do país informou que 425 prisões foram consideradas ilegais e que as razões das detenções são imprecisas

Internacional|Da EFE

Protestos no Chile já deixaram 18 mortos
Protestos no Chile já deixaram 18 mortos

O presidente da Suprema Corte do Chile, Haroldo Brito, confirmou nesta quinta-feira (24) que as detenções ilegais aumentaram durante o desenvolvimento dos protestos que, desde a última sexta-feira, eclodiram em todo o país e já deixaram 18 mortos.

"A garantia do devido processo legal diz que deve haver uma relação em casos criminais principalmente com os controles de detenção. E há um aumento da ilegalidade nos controles de detenção", disse Brito.

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Nesse sentido, ele explicou que durante as audiências de detenção, aconteceram imprecisões acima da média nas acusações apresentadas.

"As razões das prisões são imprecisas nas acusações. As partes relacionam os detidos a assaltos em supermercados e isso leva à acusações. Há alguma imprecisão nas acusações e isso faz com que as detenções ilegais aumentem", destacou.


A Justiça publicou um balanço das audiências de controle de detenção, onde mostra o aumento em nível nacional para 3.162, com 5.397 acusados desde a última sexta.

Ele também afirmou que foram consideradas ilegais as prisões de 425 acusados, 7,85% do total no Chile. Além disso, 289 pedidos de prisão preventiva já foram protocolados, dos quais 245 foram concedidos.


O Instituto Nacional de Direitos Humanos, uma entidade pública, mas autônoma que faz um acompanhamento da atuação das forças de segurança, registrou em seu último balanço divulgado ontem à noite um total de 2.410 detidos em todo o país.

Quase 900 prisões aconteceram em Santiago, onde nesta quarta-feira se reuniram na Praça Itália cerca de 100 mil pessoas para mostrar seu descontentamento.

Os protestos também deixaram pelo menos 18 mortos, incluindo dois colombianos, um peruano e um equatoriano. Quanto aos feridos, o INDH contabiliza 535 desde o último dia 17, quando começaram as manifestações pelo aumento no preço da passagem do metrô de Santiago. Além disso, 210 feridos foram por armas de fogo.

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