Justiça pede até 10 anos de prisão para acusados de atacar diretor do Bolshoi

A Promotoria russa pediu nesta sexta-feira (29) penas entre seis e dez anos de prisão para os três acusados do ataque ao diretor artístico do balé do Bolshoi, Sergei Filin, que quase ficou cego ao ter ácido jogado em seu rosto em meados de janeiro.

Durante as audiências, realizadas em um tribunal de Moscou, o promotor pediu 10 anos de prisão para o suposto autor do ataque, Yuri Zarutski, e 9 anos de prisão para o autor intelectual, o dançarino solista Pavel Dmitrichenko.

O solista do Bolshoi teria encarregado esse ataque a Filin porque o diretor supostamente tratava mal sua esposa, a também bailarina Angelina Vorontsova.

Em relação ao terceiro acusado, Andrei Lipatov, quem teria conduzido o agressor até o local do crime, o promotor pediu seis anos de prisão ao considerar que a ação foi premeditada.

No julgamento, Filin também recebeu duras críticas por parte de dois dançarinos citados como testemunhas, os quais asseguraram que o diretor fazia a vida do dançarino acusado impossível.

Anteriormente, Dmitrichenko disse que assumia a responsabilidade moral pelo ataque, mas negou ter pagado alguém para agredir Filin, que, por sinal, teve que retornar há poucos dias à Alemanha para dar continuidade ao seu tratamento após a piora da visão em um de seus olhos.

"O olho direito praticamente não mostra nenhum progresso. É possível que ele tenha ficado nervoso por ter que prestar declarações no julgamento", declarou sua advogada.

Filin, que retornou em setembro a Moscou, mesmo sem poder reassumir suas funções, teve que ser submetido a 23 operações cirúrgicas na Alemanha para recuperar parcialmente sua visão.

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