Laudo conclui que morte de Jeffrey Epstein na prisão foi suicídio
Legistas concluíram que o milionário norte-americano se matou por enforcamento no último sábado, em sua cela na prisão federal de Nova York
Internacional|Fábio Fleury, do R7, com EFE
A morte do milionário norte-americano Jeffrey Epstein dentro de sua cela em uma prisão federal em Nova York, no último sábado (11), foi um suicídio por enforcamento, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (16), pelo Departamento de Justiça dos EUA.
Epstein, que estava preso por acusações de tráfico sexual e abuso de menores, foi encontrado inconsciente no chão da cela no início da manhã de sábado. Muitas teorias da conspiração, falando que a morte dele teria sido uma "queima de arquivo", circularam desde então, propagadas até mesmo pelo presidente Donald Trump.
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Dois guardas que eram responsáveis pelo turno da noite foram suspensos, depois que uma investigação mostrou que eles dormiram quando deviam ter vistoriado a cela a cada 30 minutos. Eles também foram acusados de falsificar os registros de vigia.
O milionário, que já teria tentado se matar no fim de julho, estava em um setor especial da prisão, que abriga presos famosos como o traficante mexicano Joaquín "El Chapo" Guzmán e o estelionatário Bernie Madoff.
Segundo o procurador-geral dos EUA, William Barr, uma investigação descobriu "sérias irregularidades" no funcionamento da unidade. Além dos dois guardas que foram suspensos, um superior foi transferido por causa da morte de Epstein.
Relatório da autópsia
A autópsia é assinada pela principal legista da cidade de Nova York, Barbara Sampson, que começou a realizar o procedimento no último domingo, dia seguinte à morte do milionário, de 66 anos.
Ao responder às informações sobre as múltiplas fraturas dos ossos do pescoço de Epstein, que alguns especialistas consideram comuns em casos de homicídio por estrangulamento, Sampson afirmou em nota que nenhum fator isolado pode por si só dar uma resposta conclusiva sobre o que ocorreu.
"Todas as informações devem ser sintetizadas para determinar a causa e a forma da morte. Tudo deve ser coerente: nenhuma conclusão pode ser avaliada no vazio", explicou a legista no comunicado.
Segundo a emissora "NBC", o milionário se enforcou com um lençol.