Líder da oposição israelense rebate Erdogan: 'Um histórico terrível em matéria de direitos humanos'
Em discurso mais cedo, presidente da Turquia acusou Israel de ser 'um Estado terrorista' e de possuir uma bomba nuclear
Internacional|Do R7

O líder da oposição israelense, Yair Lapid, foi às redes sociais nesta quarta-feira (15) para repudiar as falas do presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, que mais cedo havia acusado Israel de ser "um Estado terrorista" e de possuir uma bomba nuclear.
“Não aceitaremos lições de moralidade do presidente Erdogan, um homem com um histórico terrível em matéria de direitos humanos”, escreveu o político no X (antigo Twitter), acrescentando que Israel "está se defendendo de terroristas brutais" do Hamas, organização que ele compara com o Estado Islâmico, pelo nível de violência dos crimes cometidos.
Em discurso na reunião semanal do grupo parlamentar de seu partido, o AK Parti, Erdogan disse, citando nominalmente o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, saber que o Estado israelense possui uma bomba atômica.
"Estou dizendo abertamente, com a consciência tranquila, que Israel é um Estado terrorista."
Assim como já havia feito anteriormente, Erdogan voltou a defender o Hamas, grupo classificado como organização terrorista por Israel, Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Japão, Austrália, Paraguai e União Europeia.
Sob o comando de Erdogan há 20 anos, a Turquia já foi denunciada internacionalmente em diversas ocasiões por violações de direitos humanos. O presidente tem transformado o país em uma autocracia, que prende e mata inimigos.
Ele controla 90% da mídia e todo o sistema eleitoral para se manter no poder.
No ano passado, jornalistas foram detidos sob a acusação de pertencer a organizações terroristas. A cantora Gülşen foi detida por suposta incitação ao ódio. Alterações legislativas, conhecidas como Lei da Censura, foram introduzidas em outubro, afetando a circulação de informações nas redes sociais.
Segundo a organização internacional Humans Rights Watch, "o governo do presidente Recep Tayyip Erdogan está desmantelando as proteções dos direitos humanos e as normas democráticas na Turquia em uma escala sem precedentes".
"Os últimos desenvolvimentos contra a oposição parlamentar, os curdos e as mulheres visam garantir a manutenção do poder pelo presidente, em violação dos direitos humanos e das salvaguardas democráticas", afirmou o diretor-executivo da entidade, Kenneth Roth, em março de 2021.
Também no ano passado, a Turquia entrou na Lista Cinza do Gafi (Grupo de Ação Financeira Internacional), pelo fracasso no combate à lavagem de dinheiro no nível global e por permitir o financiamento de atividades terroristas.
Erdogan se reelegeu em 2024 para mais cinco anos no cargo. Durante a campanha, ele foi flagrado distribuindo notas de 200 liras turcas (equivalentes a R$ 42) a um grande número de pessoas em uma seção eleitoral.
Recentemente, o presidente turco se reuniu com o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh.
As FDI (Forças de Defesa de Israel) localizaram um "túnel do terror" usado por extremistas do Hamas escondido em uma mesquita na Faixa de Gaza
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