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Líder da UE pediu a Putin corredores humanitários em Mariupol

Solicitação para que zonas desmilitarizadas temporárias fossem implantadas acontece em razão de data sagrada no país

Internacional|Do R7

A cidade de Mariupol está praticamente tomada pelo exército de Putin
A cidade de Mariupol está praticamente tomada pelo exército de Putin

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pediu, nesta sexta-feira (22), ao presidente russo, Vladimir Putin, a implementação de corredores humanitários em Mariupol e em outras cidades da Ucrânia, por ocasião de um feriado religioso no país.

"Pressionei por acesso humanitário imediato e pela passagem segura em Mariupol e em outras cidades sitiadas, ainda mais com o motivo da Páscoa ortodoxa", apontou Michel no Twitter após uma conversa telefônica com Putin.

Neste ano, a data será celebrada no domingo.

Nesse mesmo dia (22), o exército russo afirmou, em Moscou, que estava disposto a uma trégua na "totalidade ou em uma parte" da zona industrial de Azovstal, o último reduto das forças ucranianas em Mariupol, para permitir a evacuação dos civis.


Na quinta-feira (21), Putin reivindicou a conquista da estratégica cidade, após quase dois meses de combates, apesar do vasto complexo industrial de Azovstal seguir sob controle dos ucranianos.

Em Bruxelas, um funcionário europeu disse que na conversa telefônica desta sexta-feira, Michel "reiterou (a Putin) a posição da União Europeia de uma forma direta".


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Assim, ele recordou que a guerra na Ucrânia é "inaceitável" para UE e expressou o apoio do bloco europeu à Ucrânia e à sua integridade territorial.

Segundo essa fonte, Michel pediu a Putin que estabeleça um contato direto com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski.


Em Moscou, Putin emitiu um comunicado sobre a situação em Mariupol, no qual criticou a posição de líderes europeus de insistirem em uma solução militar para o conflito.

O líder russo considerou “irresponsáveis” as declarações das lideranças do bloco sobre “a necessidade de resolver a situação na Ucrânia pela via militar e ignorar os inúmeros crimes de guerra ucranianos”.

Também em nota oficial divulgada hoje, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, lamentou que a Rússia não esteja respondendo aos esforços da Ucrânia para buscar uma solução diplomática para a retirada de civis.

"O mundo foi testemunha de um cruel e ilegal ataque a Mariupol por parte da Rússia que levou à destruição da cidade, em grande escala, incluindo atrocidades contra civis, sob o pretexto de 'libertar' a cidade", denunciou.

Borrell acrescentou que os habitantes de Mariupol "foram deportados para a Rússia, ou deslocados à força para áreas não controladas pelo governo da Ucrânia".

Durante sua visita à capital ucraniana, Kiev, Michel disse, na quarta-feira (20), que a UE faria "tudo que possível" para que as forças desse país derrotassem a Rússia.

"Vocês não estão sozinhos. Estamos com vocês e faremos todo o possível para apoiar seus esforços e fazer que a Ucrânia ganhe a guerra", disse ao lado de Zelenski em uma coletiva de imprensa.

Em seu contato telefônico com Putin nessa sexta, Michel também falou sobre suas conversas com os líderes da Armênia e do Azerbaijão e o desejo expresso por ambos de alcançar um acordo de paz entre esses dois países.

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