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Líder destituída de Mianmar está bem, afirma advogado

Aung San Suu Kyi foi presa e vista pela última vez há dois meses; Conselho da ONU se reunirá hoje para discutir crise no país

Internacional|Da AFP

Aung San Suu Kyi está bem, afirma advogado
Aung San Suu Kyi está bem, afirma advogado Aung San Suu Kyi está bem, afirma advogado

A líder destituída do governo civil de Mianmar, Aung San Suu Kyi, está em bom estado de saúde, apesar dos dois meses de detenção, afirmou seu advogado nesta quarta-feira (31), enquanto a pressão diplomática aumenta sobre a junta militar golpista.

O Conselho de Segurança da ONU reunirá nesta quarta-feira para buscar, apesar de suas divisões, uma resposta comum para a crise em Mianmar, onde a junta prossegue com a violenta repressão, o que levou o governo dos Estados Unidos a determinar a saída dos funcionários diplomáticos não essenciais do país.

Os 15 membros do Conselho se reunirão a portas fechadas a pedido do Reino Unido, dois meses após o golpe de Estado de 1º de fevereiro contra o governo liderado de fato por Suu Kyi.

A vencedora do prêmio Nobel da Paz de 1991 "parece estar em bom estado de saúde", afirmou nesta quarta-feira um de seus advogados, Min Min Soe, que conversou com ela por videoconferência em uma delegacia, antes de uma audiência judicial prevista para quinta-feira.

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O Conselho de Segurança deve "cortar os meios financeiros da junta e levar os responsáveis pelas atrocidades ao Tribunal Penal Internacional (TPI)", escreveu no Twitter Tom Andrews, relator especial da ONU para Mianmar.

O Japão anunciou nesta quarta-feira a suspensão de qualquer nova ajuda a Mianmar devido ao golpe militar.

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O Conselho de Segurança está dividido. Estados Unidos e Reino Unido anunciaram novas sanções contra os responsáveis pelo golpe militar nos últimos dias, enquanto China e Rússia se negaram a condenar oficialmente o golpe.

Ao mesmo tempo, os generais birmaneses persistem com a violenta repressão das manifestações.

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Na terça-feira, as forças de segurança mataram oito manifestantes, segundo a Associação para a Assistência de Presos Políticos de Mianmar (AAPP).

Desde 1º de fevereiro, as forças de segurança mataram 520 civis e prenderam centenas de manifestante e opositores - muitos permanecem em paradeiro desconhecido, informou a AAPP.

Ataques contra delegacias

A repressão provocou a reação de grupos étnicos insurgentes no país.

A União Nacional Karen (KNU) e o Exército da Independência Kachin (KIA) executaram ataques contra as forças de segurança nos últimos dias.

Nesta quarta-feira, o KIA atacou uma delegacia no estado Kachin, extremo norte do país, segundo a imprensa local.

Na terça-feira, um ataque com lança-foguetes deixou cinco policiais feridos em uma delegacia da região de Bago, ao nordeste de Yangon, informou o exército.

O ataque não foi reivindicado, mas no fim de semana a KNU tomou o controle de uma base militar no estado de Karen, o que provocou uma resposta aérea das Forças Armadas, a primeira em 20 anos nesta região.

A KNU afirmou que responderia ao bombardeio e reiterou seu apoio "ao movimento popular contra o golpe de Estado".

Outros três grupos rebeldes, entre eles o influente Exército de Arakan (AA), ameaçaram adotar represálias caso a repressão continue contra os civis.

Desde a independência de Mianmar em 1948, vários grupos étnicos estão em conflito com o poder central. 

Estes grupos pedem mais autonomia e acesso às riquezas naturais ou a uma parte do lucrativo tráfico de drogas.

Os ataques aéreos provocaram a fuga de quase 3 mil pessoas para a Tailândia.

O governo do país vizinho afirmou que 550 continuam na Tailândia e 2.300 retornaram a Mianmar.

Militantes acusaram a Tailândia de impedir a entrada de refugiado.

Ao mesmo tempo, dezenas de milhares de funcionários públicos e trabalhadores do setor privado continuam em greve contra o regime militar.

Nesta quarta-feira uma caravana de motos foi organizada em Mandalay, centro do país, com os lemas "Salvem Mianmar" e "Basta de crimes contra a humanidade".

Mas o número de manifestantes registra queda na comparação com as centenas de milhares das primeiras semanas de protestos.

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