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Líder do Irã acusa EUA e Ocidente de incitarem protestos e distúrbios

Ali Khamenei ressaltou que 'o maior dano que os inimigos podem provocar a um país é privá-lo de segurança'

Internacional|Da EFE

Líder supremo do Irã, Ali Khamenei
Líder supremo do Irã, Ali Khamenei

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, acusou nesta quarta-feira (30) os Estados Unidos e os serviços de inteligência ocidentais de incitarem os atuais protestos e distúrbios em países da região, como Iraque e Líbano, ambos com forte influência política iraniana.

"Os EUA e os serviços de inteligência ocidentais, respaldados pelo dinheiro dos países reacionários da região (em alusão principalmente à Arábia Saudita), estão causando desordens", declarou o líder em uma reunião com cadetes.

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Khamenei ressaltou que "o maior dano que os inimigos podem provocar a um país é privá-lo de segurança", o que, na opinião do líder iraniano, já está ocorrendo atualmente, segundo as declarações divulgadas em seu site oficial.

O aiatolá aconselhou os povos de Iraque e Líbano a priorizarem a manutenção da segurança, embora tenha reconhecido que as reivindicações dos protestos são "razoáveis".


"Essas demandas devem ser feitas dentro da lei, pois quando a estrutura legal de um país é rompida cria-se um vazio de poder e não é possível tomar medidas positivas", advertiu.

Khamenei destacou que os inimigos do Irã também quiseram causar distúrbios no país com os protestos de 2017 devido à preocupante situação econômica, mas acrescentou que "por sorte, a população neutralizou" essas tentativas.


Líbano e Iraque convivem neste mês com grandes manifestações contra a classe política devido à corrupção, à falta de emprego e aos serviços precários.

O primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, renunciou ao cargo na terça-feira, enquanto o premiê iraquiano, Adil Abdul-Mahdi, se mostrou disposto a renunciar, após os protestos dos últimos cinco dias somarem 84 mortes e 3 mil feridos.

O Irã tem uma grande influência tanto no Líbano, onde respalda o grupo Hezbollah, como no Iraque, país no qual apoia milícias xiitas e o próprio governo.

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