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Líderes da UE não reconhecem resultados das eleições de Belarus

Conselho europeu diz que votação não foi justa e podem sancionar país por conta do resultado e violência contra manifestantes e oposição

Internacional|Da EFE

UE não reconhece resultado de eleição em Belarus
UE não reconhece resultado de eleição em Belarus

Os chefes de Estado e governo dos países que integram a União Europeia decidiram nesta quarta-feira (19) por não reconhecer os resultados das eleições presidenciais de Belarus, realizadas no último dia 9, que garantiram o sexto mandato consecutivo para o atual presidente, Alexandr Lukashenko.

"As eleições não foram justas, nem livres e não cumpriram com os padrões internacionais. Não reconhecemos os resultados apresentados pelas autoridades bielorrussas", disse o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em entrevista coletiva virtual, concedida após cúpula de líderes feita por vídeoconferência.

O político belga disse ainda que a situação na antiga república soviética é "cada vez mais preocupante" e garantiu que a mensagem dos chefes de governo e Estado do bloco é clara.

"A UE se mantém solidária ao povo de Belarus, e não aceitamos a impunidade" garantiu Michel.


Crise nacional e violência

O presidente do Conselho Europeu avaliou que a situação no país não se trata de "geopolítica", mas sim de uma crise nacional, sobre o direito de eleger livremente as lideranças.

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Além disso, Michel considerou que a violência utilizada contra manifestantes, que foram às ruas protestar contra os resultados eleitorais, "impactante e inaceitável" e, por isso, pediu que seja feita uma investigação sobre os fatos.


Segundo o presidente do Conselho, a União Europeia imporá "sanções a um número substancial" de pessoas consideradas responsáveis pela fraude eleitoral e pela violência, com medidas restritivas que já estão sendo preparadas.

"Tratam-se de punições seletivas, não contra o povo bielorrusso", explicou.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, garantiu que a UE está disposta a acompanhar a transição em Belarus, garantindo um diálogo entre governo e oposição, e que apoia o trabalho da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

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