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Lukashenko propõe renovar Constituição após protestos

Presidente de Belarus anunciou nova versão da Constituição que poderá descentralizar o poder no país e assumiu que sistema atual é "algo autoritário"

Internacional|Da EFE

Esta não é a primeira vez que o presidente fala em ceder parte do poder
Esta não é a primeira vez que o presidente fala em ceder parte do poder

O presidente de Belarus, Alexandr Lukashenko, anunciou nesta segunda-feira (31) uma versão "renovada" da Constituição que poderá descentralizar o poder no país, imerso em protestos desde as polêmicas eleições presidenciais do dia 9 de agosto.

"Agora, temos especialistas, entre os quais há juízes do Tribunal Constitucional trabalhando nas mudanças na Constituição do país. Depois, o projeto da Constituição renovada será posto em debate púbico", acrescentou o mandatário, em declarações reproduzidas pela agência estatal Belta.

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Lukashenko admitiu, após se reunir com o presidente da Suprema Corte, Valentin Sukalo, que o sistema existente em Belarus é "algo autoritário" e, embora tenha defendido o modelo presidencialista, se mostrou disposto a ceder autoridade a outros poderes do Estado.

"É preciso fazer com que o sistema não esteja ligado a nenhuma personalidade, inclusive Lukashenko", acrescentou.


Ceticismo da oposição

Esta não é a primeira vez que o presidente fala em ceder parte do poder, o que foi visto com ceticismo pela oposição.

Maria Kalesnikava, membro da diretoria do conselho de coordenação da oposição para a transição pacífica do poder, afirmou no sábado passado que essas declarações são apenas uma tentativa de manipular a sociedade.


"É inimaginável que o presidente realmente esteja interessado em limitar os mandatos a dois e aumentar a autoridade do Parlamento porque, neste caso, haveria a possibilidade de um processo de impeachment", afirmou.

A oposição defende o retorno à Constituição de 1994, ano em que Lukashenko chegou ao poder. A proposta de mudanças constitucionais de Lukashenko foi elogiada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, mas a oposição em Belarus insiste em convocar novas eleições presidenciais.

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