Macri admite derrota e chama Fernández para 'café de transição'
Atual presidente conseguiu diminuir a diferença criada nas primárias, e teve 40% dos votos. Peronista venceu com 47% dos votos
Internacional|Da Agência EFE
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, reconheceu a derrota nas eleições gerais realizadas neste domingo (27). Ele afirmou ter telefonado ao candidato peronista Alberto Fernández para parabenizá-lo pela vitória e convidá-lo para tomarem um café da manhã nesta segunda-feira (28) para iniciarem um "período de transição ordenada".
Em discurso diante de simpatizantes que se reuniram no quartel-general de sua coalizão, a Juntos pela Mudança, no bairro de Palermo, Macri disse que havia acabado de falar com parabenizou Fernández sobre "a grande eleição que fizeram".
"O convidei para tomarmos um café da manhã na Casa Rosada, porque há que começar um período de transição ordenada que leve tranquilidade a todos os argentinos, porque aqui a única coisa importante é o futuro e o bem-estar dos argentinos", destacou.
Além de agradecer a sua equipe de campanha e a familiares e amigos, Macri disse aos que não votaram em sua chapa que sempre vão encontrar nele alguém "que acredita no diálogo e no respeito às ideias dos demais, por mais que não coincidam".
"Sempre colocarei o bem comum acima de qualquer coisa", frisou.
Macri declarou que sua legenda exercerá uma "oposição saudável, construtiva e responsável" e que após o muito que foi aprendido nos últimos anos, a próxima etapa "também será uma aprendizagem".
Veja também: Cristina ou Alberto? Quem mandará na Argentina se o peronismo vencer?
"Desejo de coração, como todos os que estamos aqui, que seja pelo bem. A Argentina que vem precisa de todos, dando o melhor de cada um", afirmou.
O ainda presidente — até 10 de dezembro — citou algumas das características que, segundo ele, sua gestão deixa para o sucessor.
"Outra forma de nos relacionar, outra cultura de poder, forma de governar, de escutar, é algo que conseguimos agora, e temos que cuidar", enfatizou.
Macri disse ainda que, na oposição, ele e sua equipe defenderão os valores nos quais acreditam, como "a verdade, o diálogo, o respeito pelo outro, a honestidade, a decência", assim como "a paz e a liberdade" e o compromisso de cuidar da democracia e da República.
Do Chile ao Iraque, protestos se espalham pelo mundo em outubro