Mais de 30 mil foram deslocados por ofensiva em Idlib, na Síria
Ofensiva coordenada pelo governo de Bashar al-Assad, com apóio da Rússia e do Irã já fez dezenas de milhares abandonarem suas casas, afirma a ONU
Internacional|Do R7
Mais de 30 mil pessoas fugiram de suas casas na província de Idlib, no noroeste da Síria, desde que forças do governo e aliados retomaram bombardeios aéreos e terrestres na região na semana passada, disse a agência da ONU responsável por coordenar os esforços de assistência nesta segunda-feira (10).
O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (Ocha) disse que um ataque militar completo contra o último reduto da oposição ativa contra o presidente sírio, Bashar al-Assad, poderia fazer com que 800 mil pessoas deixassem suas casas.
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O chefe do escritório, Mark Lowcock, disse que isso pode provocar a pior catástrofe humanitária do século 21.
A Síria, apoiada pela Rússia e o Irã, tem preparado uma grande operação para recuperar Idlib e áreas adjacentes no noroeste da Síria de rebeldes.
Aviões russos e sírios recomeçaram a bombardear a área na semana passada, e os presidentes da Turquia, Irã e Rússia não conseguiram chegar a um acordo de cessar-fogo na sexta-feira que poderia impedir a ofensiva.
O porta-voz do Ocha, David Swanson, disse à Reuters que até domingo 30.542 pessoas haviam sido forçadas a deixar suas casas no noroeste da Síria, indo para outras áreas de Idlib.
Cerca de 2,9 milhões de pessoas moram na área controlada pela oposição, que é composta principalmente pela província de Idlib e por pequenas partes adjacentes das províncias de Latakia, Hama e Aleppo. Aproximadamente metade dessa população já foi deslocada para outras partes da Síria.