Resumindo a Notícia
- Manifestantes atacaram centro de polícia em Atlanta com fogos e coquetéis molotov.
- Ao menos 35 pessoas foram detidas, sendo 23 delas acusadas de terrorismo doméstico.
- Grupo protestava contra a construção de um centro de treinamento da polícia de Atlanta.
Nenhum policial ficou ferido no incidente
City of Atlanta Police Department/Handout/AFP - 5.3.2023Autoridades dos Estados Unidos informaram nesta segunda-feira (6) que 23 pessoas, incluindo um francês e um canadense, foram acusadas de "terrorismo doméstico" por atacar um centro de treinamento da Polícia em construção na cidade de Atlanta.
No domingo à noite, "um grupo de agitadores violentos usou o pretexto de uma manifestação pacífica [...] para realizar um ataque coordenado contra equipes de construção e policiais", declarou em um comunicado oficial a polícia de Atlanta, no sul dos EUA.
Após informar 35 prisões relacionadas ao caso, a polícia comunicou nesta segunda-feira que 23 pessoas responderão por "terrorismo doméstico".
O projeto, batizado de "cidade da Polícia" pelos opositores, é alvo de fortes protestos desde o início das obras, em 2021. A ira dos manifestantes aumentou após a morte, em janeiro, de um ativista durante um confronto com a polícia.
As autoridades afirmaram que os acusados participaram de um festival próximo ao canteiro de obras e, em seguida, "se vestiram de preto, invadiram o local de construção e começaram a lançar pedras, tijolos, coquetéis molotov e fogos de artifícios contra os policiais", completou.
Nenhum policial ficou ferido, mas máquinas usadas nas obras foram incendiadas, relatou o chefe da polícia de Atlanta, Darin Schierbaum, durante uma coletiva de imprensa.
A acusação de "terrorismo doméstico" pode resultar em uma pena de até 35 anos de prisão em caso de condenação.
Desde 2021 e do primeiro anúncio da construção de um centro de treinamento destinado a policiais, mas também a bombeiros e salva-vidas, em mais de 34 hectares em uma região arborizada da cidade, os protestos contra o projeto se sucedem.
Os críticos denunciam um futuro desastre ambiental e uma perda de dinheiro a favor da Polícia.