Manifestantes de vários países saem às ruas em solidariedade à Ucrânia e contra a guerra
Na Itália, Geórgia, Argentina, Canadá e outras nações, pessoas participam de passeatas a favor do povo ucraniano
Internacional|Da AFP
Manifestantes de diversos países têm saído às ruas em solidariedade à Ucrânia, desde que a Rússia começou sua ofensiva militar contra o país vizinho. Os protestos se multiplicam pelo mundo, em nações como Itália, Turquia, Argentina, Geórgia e Canadá.
Cerca de 30 mil pessoas se reuniram na noite desta sexta-feira (25) na Geórgia, por exemplo, para protestar contra Putin e suas ações. A guerra que, segundo Kiev, capital ucraniana, já matou ao menos 198 civis, provocou um sentimento de déjà vu na Geórgia, que também foi vítima de uma devastadora invasão russa em 2008.
Os manifestantes ocuparam as ruas da capital georgiana, Tbilisi, agitando bandeiras da Ucrânia e cantando hinos de ambos os países. "Temos compaixão pelos ucranianos, talvez até mais do que outros países do mundo, porque conhecemos a bárbara agressão russa em nossa terra", contou à AFP Niko Tvauri, um taxista de 32 anos.
"Ucranianos, georgianos, o mundo inteiro deve resistir a Putin, que quer restabelecer a União Soviética", acredita a professora Meri Tordia, de 55 anos. "A Ucrânia sangra, e o mundo observa e fala de sanções que não conseguem deter Putin", acrescentou ela, em lágrimas.
Na Itália, cidades como Roma e Turim também tiveram protestos a favor da Ucrânia na noite de sexta-feira. Na capita italiana, manifestantes portavam tochas e cartazes com frases como "Sim à paz, não à guerra" e "Putin assassino".
Protestos fora da Europa
Na Argentina, cerca de 2.000 pessoas se manifestaram em Buenos Aires, na frente da embaixada russa, pedindo a "retirada incondicional" das tropas de Putin.
Em Montreal, no Canadá, dezenas de pessoas enfrentaram uma tempestade de neve para protestar no consulado geral da Rússia naquele país.
"Putin, tire suas mãos da Ucrânia", cantavam em coro os manifestantes. "Estou aqui porque sou contra essa guerra", disse à AFP Elena Lelièvre, uma engenheira russa de 37 anos que estava no protesto no Canadá. "Espero que isso seja o começo do fim desse regime [de Putin]", afirmou.