Manifestantes ocupam futura sede de Confederação Brasileira de Futebol

Rio de Janeiro, 30 jun (EFE).- Um pequeno grupo de cerca de 40 pessoas ocupou neste domingo na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, um terreno onde está sendo finalizada a construção da futura sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O protesto seria uma ação da Frente Nacional de Torcedores, que ocupou os pátios externos do edifício em reforma da CBF, que atualmente está vazio. Alguns dos manifestantes usavam máscaras e lenços para ocultar seus rostos. Muitos deles levavam cartazes com frases como "Fora FIFA" e "Fora Marin" (José Maria Marin, atual presidente da CBF). Os manifestantes saíram do terreno após a chegada da polícia. Um assessor da CBF disse à Agência Efe que não tinha informação sobre o caso, enquanto os representantes da Frente Nacional de Torcedores não foram encontrados. O edifício em questão está sendo remodelado para acolher a sede nacional da CBF, tendo em vista a realização da Copa do Mundo de 2014. O protesto ocorre cerca de nove horas antes do começo da final da Copa das Confederações, que será disputada entre Brasil e Espanha no estádio Maracanã, para onde se calcula que se dirigirão cerca de 20 mil manifestantes. Alguns deles já começaram a se reunir na Praça Saens Peña, na Tijuca, que fica próxima do estádio. O protesto foi convocada pelo Comitê Popular da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. As principais reivindicações da organização são cancelar a privatização da Maracanã, protestar pela remoção do Museu do Índio e interromper as remoções de imóveis para a realização de grandes eventos no Rio de Janeiro. Segundo as autoridades, as ruas do Rio de Janeiro estarão protegidas hoje por 10.600 policiais e 7.400 militares, um contingente que duplica o número de agentes que habitualmente patrulham a cidade e a vizinha Niterói. Dentro da Maracanã, a segurança também será reforçada com 1.300 seguranças privados, que entre outras atribuições tentarão evitar que manifestações ocorram no interior do estádio. A partida começará às 19h e as portas do estádio serão abertas quatro horas antes. Além disso, seis horas antes do apito inicial, vinte ruas próximas ao Maracanã serão fechadas, uma área de três quilômetros onde as autoridades pretendem impedir o acesso das manifestações. EFE cma-ed/dk