Médicos expulsos da Bolívia chegam a Cuba; EUA aplaudem
Mais de 200 profissionais viajaram de volta a Havana, incluindo 4 que tinham sido detidos pela polícia em La Paz; Pompeo declarou: 'Bravo, Bolívia'
Internacional|Do R7, com EFE
Quatro médicos cubanos que haviam sido detidos na Bolívia acusados de financiarem manifestações a favor de Evo Morales desembarcaram nesta segunda-feira (18) no aeroporto de Havana. Eles viajaram no segundo comboio de cidadãos cubanos que deixam o território boliviano, junto com outros 203 profissionais de saúde.
Segundo o governo de Cuba, os médicos do país que prestam serviços na Bolívia estão sendo assediados e injustamente acusados.
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O governo autoproclamado do país sul-americano não assume formalmente que tenha expulsado os cubanos de seu território, mas o Ministério das Relações Exteriores da Bolívia afirmou ter tido conversas com diplomatas de Cuba para falar sobre a saída 725 cidadãos da ilha caribenha.
Mesmo sem a expulsão oficial, os Estados Unidos aplaudiram a saída dos cidadãos cubanos da Bolívia.
EUA dizem que Bolívia fez o certo ao expulsar cubanos
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, declarou que a expulsão foi "a coisa certa a fazer".
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"Cuba não estava mandando médicos ou profissionais para a Bolívia para ajudar o povo boliviano, mas sim para impulsionar o regime pró-Cuba de Evo Morales", disse Pompeo em coletiva à imprensa nos EUA. "A Bolívia agora se junta ao Brasil e ao Equador no reconhecimento de Cuba como uma ameaça à liberdade. (...) Bravo, Bolívia."
A chanceler do governo autoproclamado da Bolívia, Karen Longaric, afirmou no sábado que também solicitou a saída de todos os diplomatas venezuelanos do país.