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Médicos venezuelanos pedem ajuda para vacinação contra covid

Auxílio internacional é necessário para que o país evite o que seria uma catástrofe humanitária, segundo autoridades da saúde

Internacional|Da EFE

Ajuda evitará uma catástrofe humanitária no país
Ajuda evitará uma catástrofe humanitária no país Ajuda evitará uma catástrofe humanitária no país

A Academia Nacional de Medicina da Venezuela pediu, nesta segunda-feira (24), urgência na colaboração internacional para conseguir a vacinação contra a covid-19 e, assim, "evitar uma catástrofe humanitária" no país, após constatar que o número de doses recebidas é "insignificante" em relação à necessidade de imunização da população.

"É urgente a colaboração e cooperação internacional para obter as doses necessárias de vacinas e assim evitar o aprofundamento da complexa emergência humanitária que atinge o país desde 2016", afirmou a entidade, em comunicado que chega um dia após o presidente Nicolás Maduro anunciar uma "nova fase de vacinação".

O comunicado ressaltou que a quantidade de "vacinas recebidas até agora é insignificante em comparação com a necessidade de vacinar pelo menos 15 milhões de pessoas, ou 70% da população adulta do país", e que também não há informações oficiais sobre o número de doses aplicadas até o momento.

"Mas acredita-se que sejam menos de 300 mil, com rumores crescentes de um forte mercado clandestino de vacinas", disse.

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Segundo dados da oposição venezuelana, neste mercado clandestino as vacinas podem ser obtidas por até US$ 600 (cerca de R$ 3,2 mil).

A academia também alertou que "nem tudo que chega" à Venezuela são vacinas, mas também "produtos experimentais cubanos (Soberana 02 e Abdala, que estão em ensaios clínicos em Cuba) e um da Rússia (EpiVacCorona)".

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Também lembrou ainda que o país está recorrendo à "automedicação com terapias não comprovadas" incluindo as "gotas milagrosas" cujo nome oficial é Carvativir, um antiviral sem aval científico promovido por Maduro.

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O presidente venezuelano anunciou ontem que uma nova fase de vacinação contra a covid-19 estará começando nesta semana, relatando a chegada de 1,3 milhão de doses vindas da China.

Maduro, porém, não especificou o número total de doses que o país recebeu, apesar das dúvidas que existem desde que diferentes autoridades passaram a dar números contraditórios sobre os imunizantes recebidos.

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Segundo os dados da própria presidência, a última vez que falou de números, no final de abril, seriam 930 mil doses que teriam sido recebidas até então, mas o ministro da Saúde, Carlos Alvarado, disse, depois que a Venezuela recebeu 1.480.000 doses, sem falar na origem ou na data de chegada.

De acordo com o plano anunciado pelo presidente, em princípio, a prioridade era vacinar os profissionais da saúde. Porém, até hoje ainda existem trabalhadores do setor sem receber as doses, enquanto políticos, deputados e autoridades, incluindo o próprio Maduro, já foram imunizados.

Segundo dados oficiais, a Venezuela registrou até o momento 223.345 casos e 2.513 mortes por covid-19.

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