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Megatraficante colombiano Abadía depõe em julgamento de El Chapo

Preso na Grande SP em 2007, Abadía era líder do cartel do Norte do Vale e contou aos jurados que trabalhou por anos em parceria com El Chapo

Internacional|Fábio Fleury, do R7

Abadía foi extraditado em 2008 para os EUA e passou a colaborar com a Justiça
Abadía foi extraditado em 2008 para os EUA e passou a colaborar com a Justiça

O megatraficante colombiano Juan Carlos Abadía apareceu nesta quinta-feira (29) como uma das testemunhas de acusação no julgamento do chefão mexicano Joaquín 'El Chapo' Guzmán. A audiência acontece em uma corte federal no Brooklyn, em Nova York (EUA).

Abadía afirmou em suas declarações iniciais que foi ordenou mais de 150 assassinatos e traficou mais de 400 toneladas de cocaína da Colômbia, onde ele chefiava o Cartel do Norte do Vale, para os Estados Unidos.

Ele disse ao júri que forneceu cocaína ao cartel de Sinaloa, liderado por El Chapo, por mais de 17 anos.

Preso no Brasil 


O colombiano foi preso no Brasil, em um condomínio de luxo em Barueri (Grande São Paulo), em agosto de 2007. No ano seguinte, ele foi extraditado para os EUA e passou a colaborar com a Justiça.

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Abadía se declarou culpado por ter ordenado assassinatos nos Estados Unidos e está no momento aguardando sentença. Ele pode pegar até 25 anos de prisão.


Nesta quarta, ele contou que matou pessoalmente ao menos uma pessoa, com "tiros na cabeça e no rosto", segundo jornalistas norte-americanos que acompanham o julgamento de Chapo.

Mudança de rosto


Durante o depoimento, Abadía comentou sobre as plásticas que fez no rosto para mudar sua aparência e tentar fugir das autoridades. Segundo ele, foram "três ou quatro cirurgias".

"Fiz mudanças no meu rosto. Mudei a minha aparência física alterando minha mandíbula, bochechas, meus olhos, boca, orelhas e nariz", explicou o colombiano.

Durante vários anos, o colombiano foi o segundo homem mais procurado do mundo, atrás apenas do ex-líder da al-Qaeda e mentor dos ataques de 11 de setembro, Osama Bin Laden.

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