Memórias do imperador explicam entrada do Japão na 2ª Guerra
Documento manuscrito, que será leiloado em Nova York nesta quarta-feira
Internacional|Do R7
O então imperador japonês Hirohito não vetou a decisão de seus conselheiros de declarar guerra aos Estados Unidos em 1941 por temer desencadear um conflito interno que destruiria seu país, disse o próprio em um relato ditado a um assessor.
O documento manuscrito, que será leiloado em Nova York nesta quarta-feira (6), ajuda a esclarecer o papel do Japão na Segunda Guerra Mundial por registrar eventos que remontam aos anos 1920, como a determinação de Hirohito de não se opor a futuras decisões do gabinete, ainda que discordasse delas.
"Ele percebeu que, se quisesse estar no poder, tinha que fazer o que queriam", disse Tom Lamb, diretor do departamento de livros e manuscritos da casa de leilões Bonhams, à Reuters." isso é um fato interessante, já que, ao longo do final dos anos 1930 e dos anos 1940, foram tomadas decisões militares que ele não podia contestar", explicou.
Os leiloeiros estimaram um preço entre 100 mil e 150 mil dólares para o manuscrito, que consiste de dois cadernos marrons escritos a lápis e caneta por Terasaki Hidenari, intérprete e assessor do imperador, em 1946.
As memórias se encerram com a afirmação do imperador de que, se tivesse vetado a decisão de ir à guerra, isso teria resultado em um conflito civil que teria sido ainda pior, e que "o Japão teria sido destruído", disse a Bonhams em seu site.
Relembre os marcos da Revolução Russa, que faz 100 anos em 2017:
Nesta terça, 7 de novembro, a Revolução Russa completa 100 anos. No movimento de 1917, trabalhadores uniram-se aos soldados russos para derrotar o império em São Petersburgo, cidade que na época chamava-se Petrogrado. Liderada por Lenin e Leon Trotsky...
Nesta terça, 7 de novembro, a Revolução Russa completa 100 anos. No movimento de 1917, trabalhadores uniram-se aos soldados russos para derrotar o império em São Petersburgo, cidade que na época chamava-se Petrogrado. Liderada por Lenin e Leon Trotsky, a revolução conseguiu que o partido bolchevique conquistasse o poder. Nascia então a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), primeira nação socialista do mundo, que acabou 1991. O historiador Paulo Fontes, professor do Centro de Pesquisa e Documentação de História da Fundação Getúlio Vargas explica que, na época, a Rússia estava massacrada pelo czarismo e com a população revoltada pela participação na guerra. Isso ajudou no sucesso da Revolução. "O capitalismo nasceu no mundo como um regime muito excludente, que tomou conta da Europa. A Rússia czarista era bastante atrasada do ponto de vista econômico. Inspirados nas ideias de Karl Marx, os líderes organizaram o proletariado para uma transformação radical da sociedade", explica















