Mergulhadores não conseguem resgatar grupo de mineiros na Índia
Grupo de 15 mineiros está preso em uma mina de carvão ilegal no norte da Índia desde o último dia 13; resgate com mergulhadores falhou
Internacional|Fábio Fleury, do R7
A última tentativa de resgatar um grupo de 15 mineiros, presos em uma mina de carvão em Ksan, no estado de Meghalya, no nordeste da Índia, desde o último dia 13 de dezembro, fracassou neste domingo (30).
Um grupo de 15 mergulhadores da Marinha indiana tentou entrar na mina, que é ilegal e escavada numa técnica conhecida como 'buraco de rato', por causa dos túneis estreitos.
O nível da água no interior, no entanto, estava alto demais e eles não conseguiram atingir a câmara onde estariam os mineiros. Ainda não há provas de que eles ainda estariam vivos.
"Só um milagre"
Segundo a emissora NDTV, os mergulhadores conseguiram retirar apenas três capacetes dos trabalhadores até o momento. Os mineiros estão presos desde o dia 13, quando a água de um rio invadiu a mina.
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O túnel tem cerca de 100 metros de profundidade, e estaria com mais de 20 metros de sua extensão preenchidos por água. As chances de um resgate bem-sucedido parecem cada vez menores.
"Só um milagre pode ajudá-los agora", disse o ministro de gerenciamento de emergências do estado de Meghalya. Kyrmen Shylla, na última quarta-feira à agência Reuters.
Críticas ao resgate
As autoridades locais e nacionais estão sendo criticadas pela lentidão no resgate. Os mergulhadores da Marinha levaram mais de duas semanas para chegar ao local. Os mergulhadores que estavam na região não eram capacitados para descer mais do que 15 metros.
O governo também demorou mais de dez dias para fornecer bombas para retirar água de dentro do túnel. O primeiro-ministro Narendra Modi esteve no dia 25 no estado vizinho de Assam e não mencionou o resgate e nem visitou o local.
Existe o temor de que alguns dos mineiros sejam adolescentes e até mesmo crianças. Eles ganham até US$ 12 (R$ 46) por dia de trabalho nas minas, onde eles descem por escadas feitas de bambu e acidentes são comuns.
A atividade foi banida em 2014 pela Suprema Corte indiana, mas donos de minas recorreram.