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México diz que Morales chegará ao país às 14h de Brasília

Chanceler Marcelo Ebrard detalhou as dificuldades para tirar Morales da Bolívia e as negociações com vários países da região, incluindo o Brasil

Internacional|Da EFE

Evo deixou Bolívia rumo ao México
Evo deixou Bolívia rumo ao México Evo deixou Bolívia rumo ao México

O governo do México estima que o avião que leva o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, chegará à capital do país após às 11h (hora local, 14h de Brasília) com o requerente de asilo político após uma "viagem por diferentes espaços políticos e decisões", disse o ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, nesta terça-feira (12). 

Durante entrevista coletiva no Palácio Nacional, o chanceler detalhou as dificuldades para tirar Morales da Bolívia e as negociações com vários países da região - Brasil, Paraguai, Peru e Equador - para poder utilizar seu espaço aéreo.

Leia também: Série de golpes e 'munição a opositores' levaram à queda de Evo

"Foi como uma viagem pela política latino-americana e como são tomadas as decisões e os riscos", disse o ministro mexicano.

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Em uma descrição detalhada da viagem, Ebrard explicou que, quando Morales - que renunciou no último domingo -, aceitou a oferta de asilo do México, um avião da Força Aérea do país foi enviado para "literalmente passear" pelo continente sul-americano.

Na ida, o Peru concedeu a autorização de voo e a aeronave pousou para reabastecer e esperar com que as autoridades bolivianas aceitassem que o avião mexicano entrasse em seu país.

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De acordo com o relato do chanceler, eles fizeram uma primeira tentativa de voar para a Bolívia, mas disseram que a permissão obtida "não era mais válida".

Depois de esperar várias horas em Lima, o comando da Força Aérea boliviana concedeu a permissão.

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Então, quando chegaram ao aeroporto onde Evo Morales os esperava, novamente o governo peruano lhes disse que, por "avaliações políticas", não podiam reabastecer e voltar ao México.

Na busca por um plano B

Diante dessa situação, o México precisou buscar um plano B e fez contato com outros países da região. O governo do Paraguai - com a ajuda do presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández - permitiu o reabastecimento e que ficasse aguardando até que os procedimentos aéreos fossem cumpridos.

Finalmente, graças aos árduos esforços diplomáticos, a Força Aérea da Bolívia permitiu que eles partissem.

Da Bolívia, eles cruzaram Assunção, no Paraguai, e depois receberam do Peru a autorização para atravessar seu espaço aéreo.

Proibidos de passar pela Bolívia, eles tiveram que obter licenças com o Brasil para atravessar o Peru, Equador e seguir, através de águas internacionais, até a Cidade do México.

"A última dificuldade foi que tiveram que dar a volta pelo Equador, pois durante o voo receberam a informação de que não podiam atravessar seu espaço aéreo. Era necessário dar a volta para entrar em águas internacionais e continuar o voo", revelou o chanceler.

Já em águas internacionais, o ministro disse que não são mais esperados mais contratempos.

Marcelo Ebrard destacou que o asilo concedido a Evo Morales é de acordo com o artigo 11 da Constituição e suas "leis correspondentes".

"O objetivo deste artigo e dos sistemas legais é oferecer proteção à vida e à integridade daqueles que estão sujeitos à perseguição política. É isso que a Constituição diz e o México a exerce desde o século XIX", afirmou.

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