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Ultraliberal Javier Milei lidera intenção de votos para presidente em eleição argentina

A última pesquisa da consultoria Analogias mostra Milei com 31,1% dos votos, à frente do governista Sergio Massa

Internacional|Do R7

Eleição argentina está marcada para 22 de outubro
Eleição argentina está marcada para 22 de outubro

As pesquisas de opinião da Argentina, surpreendidas pela vitória do libertário radical Javier Milei nas primárias presidenciais de agosto, agora mostram o candidato em primeiro lugar nas eleições gerais de 22 de outubro, provavelmente à frente do chefe de economia do partido governista, Sergio Massa.

Milei, economista e ex-apresentador de TV, tem agitado a elite política com críticas em voz alta e, às vezes, com palavrões contra seus rivais, além de promessas de fechar o Banco Central, reduzir o governo e dolarizar a economia.

A última pesquisa da consultoria Analogias mostra Milei com 31,1% dos votos, à frente de Massa, com 28,1%, e da ex-ministra da Segurança Patricia Bullrich, de direita, com 21,2%, um golpe para a principal oposição conservadora, que já foi favorita.

Uma segunda pesquisa, da Opinaia, dá a Milei 35% dos votos, Massa aparece com 25% e Bullrich com 23%. As pesquisas mostram que o apoio a Milei é mais forte entre homens, jovens e grupos menos abastados.


"O resultado das primárias foi chocante, e o resultado da eleição geral será chocante, seja qual for o resultado", disse a diretora de comunicação da Analogias, Marina Acosta, ao citar a disputa como "colorida pela novidade política".

As pesquisas sugerem que a corrida eleitoral provavelmente irá para um segundo turno frente a frente, que ocorrerá em novembro. Um candidato precisa de 45% dos votos, ou pelo menos 40% com uma vantagem de 10 pontos, para vencer no primeiro turno.


O concorrente mais próximo de Milei agora parece ser Massa, que faz parte da coalizão peronista de centro-esquerda, aparentemente oferecendo dois modelos econômicos opostos ao país em dificuldades.

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"As estratégias de Milei e Massa devem ser opostas umas das outras", disse o analista político Julio Burdman, da consultoria Observatorio Electoral. "Eles estão fazendo isso muito bem, o que está permitindo que ambos obtenham ganhos."


Uma grande ressalva, no entanto, é que os pesquisadores argentinos erraram feio na votação primária e interpretaram mal a última eleição geral, de 2019, o que significa que o resultado final pode chocar mais uma vez.

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