Guerra Israel x Hamas

Internacional Milícias apoiadas pelo Irã lançam nova onda de ataques enquanto os EUA apoiam Israel

Milícias apoiadas pelo Irã lançam nova onda de ataques enquanto os EUA apoiam Israel

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que Washington reagiria 'rápida e decisivamente'

Agência Estado - Internacional
Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken

Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken

Stefani Reynolds / POOL / AFP

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, alertou nesta terça-feira (24) para o fato de que Washington reagiria "rápida e decisivamente" se o Irã ou suas forças por procuração atacassem o pessoal dos EUA, depois que Teerã aumentou o risco de um conflito maior no Oriente Médio nos últimos dias, ao libertar as milícias regionais que passou anos armando.

Durante mais de seis meses, esses grupos de milícias apoiados pelo Irã abstiveram-se de lançar drones ou foguetes contra as tropas americanas no Iraque e na Síria, como parte do que parecia ser uma trégua não declarada entre Teerã e Washington.

Isso teve um fim abrupto quando autoridades dos Estados Unidos disseram que grupos apoiados pelo Irã lançaram dez ataques de drones e foguetes contra bases que as tropas americanas usam no Iraque e outros três numa base dos EUA no sudeste da Síria.

No Iêmen, os houthis, apoiados pelo Irã, também dispararam cinco mísseis de cruzeiro fornecidos a eles e lançaram cerca de 30 drones contra Israel, num ataque que foi maior que o inicialmente descrito pelo Pentágono, disseram as autoridades americanas.

Em meio à onda de ataques às forças dos EUA, o Pentágono implantou quase uma dúzia de sistemas de defesa aérea em países do Oriente Médio antes da esperada invasão terrestre de Gaza por Israel, transferindo lançadores de mísseis para o Iraque, a Síria e o Golfo.

A nova onda de ataques de milícias serve a vários propósitos para Teerã, na opinião dos analistas regionais. A curto prazo, dizem, o Irã vai tentar pressionar os EUA para encorajar Israel a adiar a sua incursão terrestre em Gaza.

Isso ajudaria o Hamas, que há muito se beneficia de armas, treinamento e apoio financeiro iranianos, e seria uma vitória para "todo o eixo de resistência" liderado por Teerã, avalia Kenneth Pollack, ex-analista da CIA que agora está no comando de operações.

"Eles querem que esses grupos não apenas ataquem Israel, mas que nos ataquem, para estabelecer uma ligação entre nós e os israelenses", acrescentou. "Quanto mais conseguem fazer isso, mais dificultam a reconciliação dos Estados árabes com Israel e a continuação da manutenção dessas relações estreitas conosco", avalia.

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