Militares sul-coreanos são investigados por operações com drones em Pyongyang, diz jornal
Procurador do caso investiga se militares tiveram envolvimento nas missões com drones realizadas em outubro de 2024
Internacional|Do R7
RESUMO DA NOTÍCIA
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A investigação que apura a suposta conspiração do ex-presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, para cometer insurreição no país também está apurando a atuação de um grupo de militares envolvidos em operações secretas com drones contra a Coreia do Norte. Segundo o jornal Dong-A Ilbo, membros-chave do comando de drones do Exército formaram uma equipe de planejamento em junho de 2024 para discutir missões que incluíam o sobrevoo da capital norte-coreana, Pyongyang.
De acordo com fontes ouvidas pelo jornal, a força-tarefa foi criada em 22 de julho de 2023 e incluía o comandante de operações com drones, Kim Yong-dae. A equipe teria analisado cronogramas, alvos e os possíveis efeitos de uma incursão aérea com veículos não tripulados. Apenas um número restrito de militares com funções estratégicas foi convocado para participar.
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Na primeira reunião, os integrantes foram informados de que os drones seriam enviados a Pyongyang por ordem direta de “V”, uma referência ao então presidente Yoon. O deputado Boo Seung-chan, do Partido Democrata, afirmou anteriormente que Yoon ignorou o Ministério da Defesa e o Estado-Maior Conjunto, emitindo instruções por meio do Gabinete de Segurança Nacional.
O procurador responsável pelo caso investiga se o grupo teve envolvimento direto nas missões com drones realizadas nos dias 3 e 8 de outubro do ano passado. No dia 11, a ditadura de Kim Jong-un anunciou que aeronaves não tripuladas sul-coreanas haviam violado seu espaço aéreo e divulgou imagens de um drone abatido oito dias depois.
As autoridades apuram se o comando de drones manteve o sigilo sobre as operações e comunicou os planos ao Estado-Maior Conjunto apenas após a nomeação do novo ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, em 6 de setembro. Um memorando escrito por um militar da unidade em junho traz a sigla “V, JCS MND X”, o que, segundo os investigadores, indica que o Estado-Maior Conjunto e o Ministério da Defesa teriam sido deliberadamente ignorados.
Há também depoimentos de que, em meados de setembro, o ministro Kim foi informado sobre a operação pelos comandantes militares Kim Yong-dae e Lee Seung-oh, diretor de operações do Estado-Maior Conjunto.
A investigação segue em andamento.
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