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Ministro da Defesa da Bolívia está otimista por combate a incêndios

Segundo Javier Zavaleta, grande parte das queimadas diminuiu no país. Dos sete mil pontos críticos reportados há alguns dias, agora há 'menos de 20%'

Internacional|Da EFE

Segundo ministro, queimadas diminuíram no país
Segundo ministro, queimadas diminuíram no país

A luta contra os incêndios florestais em Chiquitania, na Bolívia, levou certo otimismo ao ministro da Defesa do país, Javier Zavaleta, que informou nesta terça-feira (27) que uma grande parte diminuiu, embora alguns de grande magnitude avancem principalmente pela fronteira entre Paraguai e Brasil.

"O balanço em linhas gerais é positivo", manifestou à Agência Efe o ministro de Defesa da Bolívia, Javier Zavaleta, que afirmou que dos sete mil pontos críticos reportados há alguns dias, agora existem "menos de 20%". 

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Os setores nos quais ainda persistem os incêndios de grande magnitude são o de Río Negro, perto da tríplice fronteira entre Bolívia, Brasil e Paraguai; nos arredores da população de San Matías, em Chiquitania, e em Charagua, uma população situada ao sudeste do país, disse Zavaleta.

O ministro afirmou que grande parte das forças serão dedicadas a atenuar as chamas em Charagua e para isso, será utilizado o avião cisterna Boeing 747 Supertanker, que terá como missão principal evitar que o fogo passe para território Paraguaio.


Na tríplice fronteira há informações de que trata-se de um incêndio "bastante grande" e que para extingui-lo, pode levar mais de dois dias, sustentou Zavaleta.

A estratégia, que de acordo com o ministro começou a funcionar, consiste que os maiores focos sejam combatidos com o Supertanker, os médios e intermédios com helicópteros e os de menor tamanho por terra, com a intervenção de caminhões cisternas, militares e bombeiros.


"O trabalho de todas as nossas patrulhas, por terra e por ar, deu resultados, e temos muita esperança de que durante os próximos dias (as chamas) possam reduzir mais ainda", ressaltou o ministro.

Também foram favoráveis algumas chuvas que caíram perto de San Matías, onde os incêndios poderiam se propagar.


A população de Roboré, no departamento de Santa Cruz, é o centro de operações de onde saem diariamente 3,4 mil soldados, entre militares e policiais, com a missão de se dirigir aos locais críticos para conter os incêndios que são tema de comentários diários na Bolívia.

Os incêndios, criados pelos próprios habitantes como forma de preparar os terrenos para cultivo, encontrou na última seca e nos ventos os aliados perfeitos para se propagar em uma região que por si já é seca e propensa a esse tipo de ocorrência.

Apesar da gravidade da situação, o ministro de Defesa afirmou que "não foi necessário" evacuar nenhuma comunidade e que apesar de mais de 700 mil hectares terem sido afetados, "nenhuma pessoa" ficou ferida.

O ministro ressaltou que o Peru ofereceu seu apoio à Bolívia com o envio de dois helicópteros que se somarão aos trabalhos e que "há conversas" com outros países que expressaram desejo de apoiar a Bolívia.

Chiquitania é uma região de transição entre o Chaco e a Amazônia, na qual se desenvolveram espécies que formaram uma floresta acostumada a subsistir em um clima sem chuva que predominante por vários meses ao ano.

O lugar é emblemático porque nele há diversos templos de jesuítas que sobrevivem até estes dias e que são considerados os mais bem conservados na América.

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