Ministro das Relações Exteriores da Rússia vai trazer ao Brasil cinco toneladas de carga misteriosa

Serguei Lavrov é um dos homens de confiança de Vladimir Putin e chega ao país no dia 17 de abril para uma visita de cortesia

Internacional|Maria Cunha*, do R7

13/04/2023 - 16h28 (Atualizado em 20/04/2024 - 04h03)

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, vai chegar ao Brasil na próxima segunda-feira (17), para uma visita de cortesia ao governo brasileiro, e trará consigo uma carga misteriosa de 5 toneladas, classificada como "bagagem diplomática".

Os itens que o político russo carrega também não são de conhecimento do governo brasileiro. Eles já estão na aeronave em que voarão e têm previsão de transporte em uma semana. Atualmente, o avião está parado na Argentina.

Além do material desconhecido, o ministro deve vir acompanhado de 18 agentes de segurança e inteligência russa.

A chegada de Lavrov ao Brasil gera tensão em meio ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Autoridades dos Estados Unidos, da Ucrânia e de outras nações aliadas demonstraram, reservadamente, temor em relação ao conteúdo que será transportado.

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A preocupação é que, entre as 5 toneladas de material desconhecido, exista armamentos ou materiais para uso bélico dos russos, equipamentos sensíveis ou dinheiro não declarado.

A viagem foi organizada em Moscou, na última semana, quando o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, visitou Vladimir Putin, presidente da Rússia. No entanto, a vinda de Lavrov ao Brasil já era anunciada desde o começo de março, quando o político russo se encontrou com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira.

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Parlamentares ainda avaliam se é possível solicitar ao Itamaraty informações sobre a viagem do ministro, pois missões diplomáticas que passam pelo Brasil não estão sujeitas ao controle dos órgãos de fiscalização.

*Estagiária do R7, sob supervisão de Sofia Pilagallo

Coreia do Norte aponta desastre com entrada da Finlândia na Otan e apoia reação da Rússia: 'Natural'

A Coreia do Norte se meteu com o conflito entre Rússia e Ucrânia nesta sexta-feira (7). Desta vez, a ditadura comandada por Kim Jong-una fez críticas duras à entrada da Finlândia na Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte), grupo de aliados com 31 países agora. O regime norte-coreano apontou um "desastre" com o ingresso da Finlândia no grupo

Os norte-coreanos vivem no país que é considerado o mais fechado do mundo. Sanções internacionais aplicadas à ditadura comunista de Kim Jong-un impossibilitam a entrada de vários produtos na Coreia do Norte, como artigos de luxo. Mas isso não parece impedir o líder do país, que tem diversas regalias, enquanto a população passa fome e não tem acesso ao básico

Por isso, a "Rússia furiosa" reagiu e disse que a Finlândia ficou exposta a uma ameaça olho por olho da Rússia

Kim Jong-un aproveitou para alfinetar, por meio da imprensa, o seu principal rival: "Os EUA permanecem inalterados em seu objetivo obstinado de estrangular seu rival estratégico permanentemente e estabelecer um mundo unipolar sob seu controle, mantendo a desgastada aliança militar e política"

A Coreia do Norte fez seguidos testes de mísseis balísticos nos últimos meses, a fim de mostrar seu poderio aos Estados Unidos e à Coreia do Sul — ambos fazem exercícios militares conjuntos perto do território da ditadura

Esses exercícios, teoricamente, também visam uma proteção da Coreia do Norte frente a Otan. Segundo a KCNA, "a Otan continua seu intenso avanço em direção à região da Ásia-Pacífico este ano, como fez no ano passado. Sabemos bem quem está por trás desse movimento"

Para Kim Jong-un, outra "crise ucraniana" pode estourar na região da Ásia-Pacífico por conta dos "fantoches sul-coreanos" e sua aliança com os EUA

A entrada da Finlândia aumentou o poder de fogo da Otan, já que o país nórdico tem mais de mil tanques, 139 aviões de guerra e 280 mil homens

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Mas esse "bloco militar agressivo" quebrou essa promessa e se expandiu ainda mais ao aceitar 14 nações do Leste Europeu e do Báltico como seus estados membros. Na foto, um caça finlandês em operação

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