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Montanhista britânico recebe conta de quase R$ 90 mil após resgate nas Dolomitas

Caminhante ignorou avisos de perigo e placas de trilha fechada, exigindo operação com dois helicópteros em área de risco na Itália

Internacional|Do R7

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • Um montanhista britânico recebeu uma conta de € 14.225 (cerca de R$ 89 mil) após ser resgatado nas Dolomitas, Itália.
  • Ele ignorou alertas e acessou uma trilha fechada em condições climáticas extremas, acionando o serviço de resgate.
  • A operação de resgate foi complexa, utilizando dois helicópteros devido ao alto risco, resultando em altos custos.
  • A autoridade local pediu cautela aos turistas, alertando sobre o aumento de deslizamentos e quedas de rochas na região.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Região de San Vito di Cadore, nos picos do norte da Itália, em imagem de 2021 Divulgação/Nicola Pavan/Unsplash

Um montanhista britânico de 60 anos recebeu uma conta de € 14.225 (cerca de R$ 89 mil) após ser resgatado nas Dolomitas, na Itália, por desrespeitar alertas de perigo e acessar uma trilha fechada. As informações são do jornal britânico The Guardian.

O incidente ocorreu na Ferrata Berti, uma trilha rochosa a 2.500 metros de altitude na região de San Vito di Cadore, nos picos do norte da Itália.


Na semana passada, dezenas de trilhas na área foram interditadas devido ao alto risco de deslizamentos de terra, agravado por condições climáticas extremas. Mesmo assim, o caminhante, que não teve a identidade revelada, ignorou barreiras e placas em inglês e italiano que indicavam o fechamento da trilha.

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Na manhã de quinta-feira (31), o britânico partiu do Passo Tre Croci, próximo a Cortina d’Ampezzo, na província de Belluno, e seguiu para a Ferrata Berti. Por volta das 15h30 locais, ele acionou o serviço de resgate alpino após ficar em perigo devido à queda de pedras.


“Ele disse que não sabia que o caminho estava fechado e não viu as placas”, relatou Nicola Cherubin, chefe do serviço de resgate de San Vito di Cadore, ao The Guardian.

A operação de resgate foi complexa. As más condições climáticas exigiram o uso de dois helicópteros e a mobilização de vários profissionais. A conta final incluiu € 11.160 apenas pelo resgate de helicóptero, que durou 93 minutos.


Cherubin disse que o montanhista “teve sorte de estar vivo”, mas a aventura, combinada com o fato de o Reino Unido não fazer mais parte da União Europeia após o Brexit, resultou em uma cobrança elevada.

Diferença de custos e alerta às autoridades

Dias antes, dois caminhantes belgas foram resgatados em condições semelhantes, mas pagaram uma fração do valor, já que a Bélgica é membro da UE, o que garante custos reduzidos em operações de resgate.


Giuseppe Dal Ben, comissário da autoridade sanitária Ulss 1 nas Dolomitas, fez um apelo aos turistas. “Aproximem-se das montanhas com respeito e cautela”, ele disse ao The Guardian.

Dal Ben disse que helicópteros são recursos essenciais em resgates e não devem ser usados como “táxis”, colocando em risco equipes e pessoas que realmente precisam de ajuda.

As Dolomitas, conhecidas pela beleza e pelas trilhas desafiadoras, enfrentam um aumento de quedas de rochas nos últimos meses, impulsionado pelo calor extremo e eventos climáticos intensificados pela crise climática.

No final de junho, o Monte Branco registrou temperaturas acima de zero em altas altitudes, inclusive no cume, algo raro e que contribui para a erosão e deslizamentos nos alpes.

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