Moscou mantém segurança reforçada mesmo após recuo de mercenários

A operação antiterrorista adotada em Moscou ao longo deste sábado (24), após a rebelião do grupo paramilitar Wagner, continua em vigor neste domingo (25), apesar de o líder dos mercenários ter ordenado o fim do avanço das tropas em direção à capital do país.

Patrulhas da polícia ainda eram observadas ao longo da principal rodovia que sai de Moscou, no sul da capital.

Na região, as restrições de tráfego na rodovia que liga Moscou a Rostov, onde os combatentes do Wagner tomaram o controle do quartel-general e depois se retiraram, também estão mantidas, segundo comunicado da Avtodor, responsável pelas rodovias na Rússia.

O Comitê Nacional Antiterrorista ordenou, no sábado, "regime de operação antiterrorista" em Moscou e nos arredores, bem como na região de Voronezh, na fronteira com a Ucrânia, depois que o chefe do Wagner, Yevgeny Prigozhin, anunciou que seus homens estavam indo em direção à capital russa.

Esse regime dá mais poderes às forças de segurança, especialmente para realizar operações policiais. O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, decretou feriado nesta segunda-feira (26) para reduzir as viagens e considera a situação "difícil".

Depois de um dia caótico, Prigozhin anunciou na noite de sábado que, após negociações com o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, seus homens estavam recuando e "voltando" para seus acampamentos para evitar "um banho de sangue".