Mulher é obrigada a sentir dor de parto e dar à luz algemada nos EUA
Jane Doe, 27, estava presa em delegacia de Nova York quando entrou em trabalho de parto; ao nascer, ela recebeu filho com uma das mãos algemadas
Internacional|Deborah Giannini, do R7
Uma mulher de 27 anos com 40 semanas de gravidez entrou em trabalho de parto enquanto estava presa em uma cela de delegacia no Bronx, bairro de Nova York, nos Estados Unidos. Ela foi levada ao hospital pelos policiais, que algemaram seus punhos e tornozelos na cama.
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Segundo o jornal norte-americano The New York Times, ela lutou por quase uma hora de trabalho de parto “excruciante” antes de os oficiais cederam em algumas restrições. Eles soltaram três algemas, mas mantiveram sua mão direita presa à maca. Quando o bebê nasceu, ela o recebeu com a mão direita algemada.
O episódio ocorreu em 8 de fevereiro, mas veio à tona neste sábado (8), após a abertura de processo contra a polícia. As informações constam da ação judicial, de acordo com o jornal britânico The Independent.
Os médicos do Montefiore Medical Center, onde ocorreu o incidente, teriam alertado que a conduta era ilegal no Estado de Nova York, onde está situada a cidade de mesmo nome, e que representava sérios riscos para a mulher, segundo o NYT. No entanto, os policiais teriam alegado que o Departamento de Polícia de Nova York e o Patrol Guide substituem essa lei e que a paciente precisaria permanecer retida durante a hospitalização.
A mulher, identificada apenas como Jane Doe, pediu anonimato ao tribunal argumentando ter se sentido humilhada e traumatizada e disse que foi incapaz de contar à família.
O processo pede indenização por violação dos direitos civis da mulher e que o Departamento de Polícia modifique suas políticas para garantir que os policiais não repitam o procedimento.
“Trata-se de uma prática desumana, cruel e sem sentido que não tem lugar na cidade de Nova York em 2018”, consta no processo, segundo o The Independent.
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