'Não haverá um cessar-fogo em Gaza até a libertação dos reféns', diz primeiro-ministro de Israel
Benjamin Netanyahu falou ao canal americano ABC News; guerra em Gaza contra os terroristas do Hamas completou um mês
Internacional|Do R7, com AFP
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou um cessar-fogo na guerra contra os terroristas do Hamas, que nesta terça-feira (7) completa um mês, apesar dos apelos internacionais para uma trégua humanitária e após um balanço de mais de 10 mil mortos no enclave.
"Não haverá um cessar-fogo, um cessar-fogo geral, em Gaza até a libertação de nossos reféns", disse Netanyahu em uma entrevista ao canal americano ABC News nesta segunda-feira (7).
"A respeito das pequenas pausas táticas, uma hora aqui, uma hora lá, já as tivemos", acrescentou Netanyahu ao comentar uma declaração da Casa Branca que citou a "possibilidade de pausas táticas" para permitir aos civis que consigam fugir dos combates, assim como a entrada de ajuda humanitária.
Durante a noite, os bombardeios aéreos israelenses à Faixa de Gaza prosseguiram e provocaram mais de cem mortes, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.
Com a cobertura aérea, as tropas terrestres israelenses continuaram avançando na região, depois de cercar a cidade de Gaza e dividir o território em dois, segundo o Exército de Israel.
A guerra teve como estopim a invasão do território israelense por terroristas do Hamas no dia 7 de outubro. Mais de 1.400 pessoas morreram no ataque, mais de 300 delas militares.
O Hamas também sequestrou mais de 240 pessoas, entre civis e militares, que são reféns em Gaza.
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Em 2005, após 38 anos de ocupação, Israel retirou de maneira unilateral os soldados e colonos de Gaza. Netanyahu, no entanto, afirmou que o país assumirá "por um período indefinido a responsabilidade global pela segurança" no território palestino depois da guerra.
Netanyahu prometeu aniquilar o Hamas, uma organização classificada como "terrorista" por Estados Unidos e União Europeia.
A ONU, várias ONGs, os líderes árabes e outros países pedem um cessar-fogo. Washington não apoia a ideia e menciona "pausas humanitárias", insistindo no direito de defesa de Israel.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, exigiu um "cessar-fogo humanitário" urgente no pequeno território palestino, que, segundo ele, está virando um "cemitério de crianças".
Guterres lamentou, nesta segunda-feira (6), a ajuda insuficiente que entra pela passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. Com 569 caminhões desde 21 de outubro, "a ajuda a conta-gotas não é nada diante do oceano de necessidades".
O governo dos Emirados Árabes Unidos anunciou que vai montar um hospital de campanha em Gaza.
Na fronteira de Israel e do Líbano também são registrados ataques todos os dias entre o Exército israelense e o Hezbollah e os seus aliados, incluindo o Hamas.
A violência também aumentou na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967, onde mais de 150 palestinos foram mortos por tiros de soldados ou colonos israelenses desde 7 de outubro, segundo a Autoridade Palestina.
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