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Netanyahu é pressionado a convocar novas eleições em Israel

Primeiro-ministro, porém, não dá sinais de que deseja deixar o cargo e, segundo funcionário do governo, tem grandes chances de vencer novo pleito

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7*

Netanyahu pode antecipar votação prevista para 2019
Netanyahu pode antecipar votação prevista para 2019

Depois da renúncia do ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nesta quinta-feira (15), passou a ser pressionado dentro de seu próprio governo para convocar novas eleições.

Inicialmente, as eleições estão previstas para novembro de 2019. Mas, antes mesmo da crise do último domingo em Gaza, que provocou a renúncia de Lieberman por discordar do cessar-fogo aceito por Israel, Netanyahu pensava em antecipar o pleito para agradar descontentes.

Agora, porém, o pedido foi feito pelos ministros Moshe Khalon (Financas), do centrista Kulanu, e Aryeh Deri (Agricultura), do ortodoxo Shas. A ideia é que ele convoque a votação para o mais breve possível, de preferência até o início do próximo ano.

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Deri foi decisivo na vitória de Moshe Lion na recente eleição para prefeito de Jerusalém, evitando que o oposicionista Ofer Berkovich diminuísse o poder de Netanyahu na cidade.


Antecipar eleições beneficia Netanyahu

Para um funcionário do governo israelense, que pediu para não ter seu nome revelado, mesmo com uma antecipação das eleições, Netanyahu tem grandes chances de se manter no poder. Ele tem liderado as mais recentes pesquisas.


"Ninguém sabe o que está na cabeça de Netanyahu neste momento. Ele não dá sinais para ninguém. Mas ele não tem a intenção de deixar o cargo. Ele pode antecipar as eleições e utilizar isso em seu favor, em relação as acusações que vem recebendo."

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Ele se refere aos inquéritos "1000", "2000", "3000" e "4000" que, entre outras acusações, investigam troca de favores, recebimento de presentes de forma ilegal e compra de submarinos suspeita.

Netanyahu nega veementemente todas as acusações e se diz perseguido por parte da mídia e de outros setores.

Segundo a fonte, ele poderia utilizar a pressão para a antecipação das eleições como uma prova de que os seus perseguidores anseiam por uma espécie de ruptura democrática. E, com esse discurso, ganhar ainda mais votos no pleito.

"Nas últimas eleições municipais, pelo menos 14 concorrentes venceram mesmo tendo acusações. Tais situações eram mais prejudiciais no passado, agora parece não estarem afetando a decisão dos eleitores. Netanyahu certamente vai falar: 'vejam como querem me derrubar, veja como estou sendo alvo de acusações injustas'."

* O jornalista está em Israel a convite do Ministério das Relações Exteriores do país.

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