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Nigéria liberta 100 mulheres e crianças raptadas por Boko Haram

Porta-voz do governo afirmou que reféns foram libertadas durante 'fortes e agressivas operações de limpeza' efetuadas nos últimos dias

Internacional|Da EFE

Exército nigeriano libertou mulheres e crianças
Exército nigeriano libertou mulheres e crianças

O exército da Nigéria libertou mais de uma centena de mulheres e crianças sequestradas pelo grupo jihadista Boko Haram no seu bastião em Mafa, no estado de Borno, no nordeste do país, informaram nesta quarta-feira (26) fontes militares.

Segundo um comunicado do porta-voz do exército, Sagir Musa, as reféns foram libertadas durante "fortes e agressivas operações de limpeza" efetuadas nos últimos dias neste enclave, onde as ações e ataques terroristas são constantes.

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"Dezenas de combatentes do Boko Haram e do Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP) foram aniquilados", acrescentou Musa, que informou também da apreensão de armas de fogo, munição e diversos veículos de combate.

O Boko Haram (que significa "educação ocidental é pecado" em língua hausa) usa de forma habitual mulheres e crianças para cometer ataques-bomba em pontos sensíveis como mercados e mesquitas, matando por igual muçulmanos e não muçulmanos.


No último dia 21 de junho, soldados nigerianos e chadianos, integrantes de uma força conjunta multinacional que combate a ameaça jihadista - na qual também participam Níger e Camarões -, abateram 42 membros do Boko Haram nos arredores do lago Chade, segundo fontes militares da Nigéria.

Uma semana antes, o ISWAP preparou uma emboscada contra o Batalhão de Força 158 em Kareto, no estado de Borno, na qual morreu o comandante desta unidade e pelo menos outros 19 soldados, de acordo com os jihadistas.


O grupo Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP), muito ativo nesta região, se formou em 2016 quando uma facção do grupo islamita nigeriano Boko Haram prometeu lealdade ao Estado Islâmico.

Por sua parte, o Boko Haram combate desde 2009 para impor um Estado radical na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e cristã no sul, e de onde expandiu seus ataques a nações vizinhas como Chade, Níger e Camarões.

Na última década, em consequência desta insurgência, mais de 27.000 pessoas morreram e o número de deslocados alcança quase dois milhões, segundo as Nações Unidas.

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