Internacional Nova estratégia de Moscou vai considerar todo o Ocidente como ameaça

Nova estratégia de Moscou vai considerar todo o Ocidente como ameaça

Segundo autoridades russas, todas as ações contra o país serão combatidas, com severidade se for necessário

AFP

Resumindo a Notícia

  • Rússia adotou nova estratégia de política externa nesta sexta-feira (31).
  • Ministro russo Serguei Lavrov enxerga Ocidente e EUA como 'ameaças existenciais'.
  • Força russa vai reagir a todas as ações contra o país, com severidade quando necessário.
  • Isolada do Ocidente, Rússia busca proximidade com Ásia.
Segundo chefe da diplomacia russa, Estados Unidos e seus aliados travam uma 'guerra híbrida' contra Moscou

Segundo chefe da diplomacia russa, Estados Unidos e seus aliados travam uma 'guerra híbrida' contra Moscou

NATALIA KOLESNIKOVA / POOL / AFP

A Rússia adotou, nesta sexta-feira (31), uma nova estratégia de política externa que considera os Estados Unidos e o Ocidente como "ameaças existenciais" a Moscou, em um contexto de extremas tensões relacionadas com o conflito na Ucrânia.

"A natureza existencial das ameaças à segurança e ao desenvolvimento do nosso país, impulsionadas por ações de países hostis, é reconhecida" na nova política, disse o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

Segundo ele, os Estados Unidos e seus aliados travam uma "guerra híbrida" contra Moscou.

A nova estratégia de política externa da Rússia se baseia no princípio de que "as medidas antirrussas adotadas por países hostis serão combatidas, constantemente, com severidade, se for necessário", acrescentou.

A adoção dessa nova estratégia de política externa ratifica a profunda ruptura entre Moscou e os países ocidentais desde o lançamento da ofensiva russa contra a Ucrânia. Esse conflito levou a uma grave crise diplomática que lembra a era da Guerra Fria.

Washington e seus aliados impuseram duras sanções econômicas contra Moscou, que os acusa, por sua vez, de travar uma guerra a distância na Ucrânia, em particular pelo fornecimento de armas a Kiev.

Isolada no Ocidente, a Rússia busca se aproximar econômica e diplomaticamente da Ásia, principalmente da China.

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