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Nova noite de protestos na Colômbia tem mais uma morte

Vários prédios e sedes de bancos foram atacados no vigésimo dia de manifestações contra o governo de Iván Duque 

Internacional|Da AFP

Um grupo de manifestantes incendiou
um posto de pedágio em Medellín
Um grupo de manifestantes incendiou um posto de pedágio em Medellín

Pelo menos uma pessoa morreu e vários prédios do Estado foram destruídos em um violento dia de protestos no sul da Colômbia, palco de fortes manifestações contra o governo do conservador Iván Duque há 20 dias.

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Segundo as autoridades, um homem morreu após um confronto entre manifestantes e as forças de segurança que eclodiu por volta da meia-noite de domingo, quando três postos policiais no município de Yumbo (sudoeste) foram atacados.

Enquanto isso, vários prédios do governo e sedes de bancos foram destruídos na cidade de La Plata (sul).


“A população protestava de forma pacífica em Yumbo, mas cinco pessoas queriam criar o caos”, disse o prefeito do município, Jhon Jairo Santamaría, à Rádio Caracol, acrescentando que os confrontos deixaram “16 pessoas afetadas".

Há quase três semanas, os manifestantes exigem um país mais justo e uma reforma da polícia, denunciada por várias organizações internacionais de direitos humanos e países como os Estados Unidos por abusos durante os protestos.


Já a polícia denunciou seis soldados feridos e afirmou ter sido ameaçada "com armas de fogo".

“Houve graves atos de vandalismo relacionados ao protesto pacífico”, denunciou o coronel Guillén Amaya, subcomandante da polícia do município vizinho de Cali, epicentro dos protestos. O governo afirma que grupos armados como dissidentes das FARC ou a guerrilha do ELN estão camuflados na mobilização.


Enquanto isso, Andrea Marroquín, moradora de La Plata, no departamento de Huila, garantiu que a prefeitura "foi totalmente destruída" assim como a promotoria, após uma noite de violentos protestos que também deixaram quatro policiais feridos.

Primeiros diálogos

Os incidentes ocorreram poucas horas depois que o governo e organizadores mais conhecidos das manifestações se reuniram em Bogotá para buscar uma saída para a crise que eclodiu em 28 de abril.

Os diálogos com o chamado Comitê Nacional de Desemprego, que não reúne todos os setores que protestam contra o governo, serão retomados nesta segunda-feira.

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De acordo com o Comitê, em meio às mobilizações, pelo menos 50 pessoas morreram, 578 ficaram feridas (37 devido a lesões oculares), 524 desapareceram e 21 mulheres sofreram violência sexual. O Ministério da Defesa registrou a morte de um fardado.

Sindicatos, estudantes universitários e outros movimentos sociais que fazem parte do Comitê exigem o fim da "violência contra os manifestantes", que o presidente Duque condene "de forma explícita e contundente os abusos da Força Pública" e reconheça sua "responsabilidade" nesses ataques.

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O governo, que exigiu que os manifestantes levantassem os bloqueios que afetam a mobilidade e o abastecimento em várias cidades, disse no domingo que vai analisar essas condições.

A Colômbia está passando por um novo surto social após os protestos de 2019 e 2020, com marchas massivas sem uma agenda ou liderança definida.

Entre outras coisas, os manifestantes exigem um país mais justo e uma reforma da Polícia, denunciada por várias organizações internacionais de direitos humanos e países como os Estados Unidos por abusos durante os protestos.

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