Nova York retira estátua de médico que operava escravas sem anestesia
Estátua de J. Marion Sims, considerado o 'pai da ginecologia moderna' foi retirada do Central Park após protestos e pedido do prefeito
Internacional|Fábio Fleury, do R7, com agências internacionais
Pela primeira vez, a cidade de Nova York retirou um monumento de uma figura histórica ligada a práticas de racismo. Nesta terça-feira (17) a estátua do médico J. Marion Sims, considerado o pai da ginecologia moderna, foi removida de uma base de granito no Central Park, onde ela permaneceu nos últimos 84 anos.
A retirada foi aprovada na segunda-feira por um comitê que está revisando os monumentos da cidade a pedido do prefeito Bill de Blasio, após o protesto de supremacistas brancos em Charlottesville, em agosto do ano passado, e faz parte de um movimento que tem mirado estátuas em todos os Estados Unidos.
A estátua de Sims foi retirada porque, na década passada, foi descoberto que ele testava técnicas cirúrgicas em escravas negras à força e sem o uso de anestesia.
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Depois da violência em Charlottesville, o monumento, que ficava diante da Academia de Medicina de Nova York, foi vandalizado algumas vezes. Agora, ele será transferido para um cemitério no Brooklyn, onde o corpo do médico está enterrado.