Novas sanções contra Rússia entram em vigor na sexta, diz diplomata da União Europeia
Pacote de medidas decidido pelos 28 membros havia sido suspenso
Internacional|Do R7, com agências internacionais
As novas sanções econômicas da União Europeia contra a Rússia vão entrar em vigor na sexta-feira (12), disse um diplomata da UE à Reuters nesta quinta (11).
Os 28 Estados membros da UE concordaram na semana passada em implementar novas sanções contra a Rússia devido ao envolvimento militar de Moscou no conflito de cinco meses no leste da Ucrânia, mas passaram vários dias discutindo as datas de anúncio e implementação. É aguardada uma declaração sobre a decisão do presidente do Conselho europeu, Herman Van Rompuy.
O pacote de medidas deveria ter entrado em vigor no último dia 8, mas foi suspenso, por decisão da UE. O grupo observou se haveria alguma movimentação do presidente russo Vladimir Putin, após o cessar-fogo acertado entre o governo da Ucrânia e os rebeldes pró-Rússia, que tomam conta de parte do leste ucraniano.
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As sanções complementares devem atingir os setores de bens, mercado financeiro, fornecimento militar de uso civil e militar e tecnologia sensível (especialmente no campo energético).
A Rússia declarou que vai tomar medidas equivalentes em resposta às possíveis novas sanções da União Europeia, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores nesta quinta-feira, de acordo com agências de notícias russas.
"Autoridades russas deixaram claro em diferentes níveis que nós vamos tomar ação apropriada e nossa resposta será bastante comparável às ações (da UE)", disse o porta-voz Alexander Lukashevich, segundo a agência Interfax.
A resposta russa às sanções ocidentais pode incluir restrições a importações de carros usados e alguns outros bens de consumo, mas Moscou espera que o bom senso prevaleça no Ocidente, disse um representante do Kremlin, segundo a agência de notícias estatal russa RIA.
"Isso (a resposta) inclui (restrições a) carros importados, principalmente carros usados, e alguns tipos de bens de indústria leve", disse o assessor econômico do Kremlin, Andrei Belusov, segundo a agência.
"Mas espero que o bom senso prevaleça e não tenhamos que introduzir essas medidas", acrescentou.
