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Novo primeiro-ministro do Haiti pede união para evitar 'abismo'

Ariel Henry tomou posse do cargo nesta terça (20), 13 dias após o assassinato do presidente Jovenel Moise, que o indicou

Internacional|Do R7

Ariel Henry foi o sétimo e último primeiro-ministro indicado pelo presidente Jovenel Moise
Ariel Henry foi o sétimo e último primeiro-ministro indicado pelo presidente Jovenel Moise Ariel Henry foi o sétimo e último primeiro-ministro indicado pelo presidente Jovenel Moise

O novo primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, assumiu oficialmente nesta terça-feira (20) o governo de um país à beira do caos, prometendo restabelecer a ordem e organizar as eleições exigidas pela população e pela comunidade internacional.

Leia também: Viúva de Moise recusa dinheiro público para funeral de Estado

O ex-neurocirurgião de 71 anos é o sétimo e último primeiro-ministro nomeado pelo presidente Jovenel Moise, que foi assassinado por um grupo armado no dia 7 de julho.

"Uma das minhas prioridades será devolver à população a certeza de que faremos tudo o que for possível para restabelecer a ordem e a segurança", declarou o novo líder do país.

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"Este é um dos principais assuntos ao qual presidente da República queria que eu me dedicasse, porque ele entendia que era um passo necessário para atender sua outra preocupação, que era a realização de eleições limpas e honestas", acrescentou.

A cerimônia de posse de seu governo em Porto Príncipe foi precedida por uma solene homenagem ao presidente Moise, com coreografias, discursos e uma orquestra em um cenário rodeado de flores brancas e coroado por um enorme retrato do chefe de Estado assassinado.

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Cinco ministras mulheres

O novo governo, cuja composição foi publicada na segunda-feira no Diário Oficial da República do Haiti, é integrado por 18 ministros, entre eles 5 mulheres.

Além do cargo de primeiro-ministro, Ariel Henry também será o ministro de Assuntos Sociais e Trabalho.

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Claude Joseph, que foi o primeiro-ministro interino após o assassinato do presidente e chegou a se mostrar disposto a se manter no poder, permanece no cargo do ministério de Relações Exteriores.

A disputa entre Joseph e Henry para assumir a liderança do Executivo finalmente foi decidida durante o fim de semana, após uma pressão exercida por embaixadores de diversos países, entre eles a França e os EUA, assim como por emissários dos EUA na OEA e na ONU.

Em um discurso transmitido pela televisão na noite de segunda, Henry disse que queria "lançar um solene apelo à unidade nacional, à união das nossas forças e à cooperação de todos, para frear essa caminhada do país rumo ao abismo, para voltar ao rumo e proteger noss país dos diversos perigos que o ameaçam".

Segundo o novo primeiro-ministro, "a própria existência da nação" do Haiti atualmente está "em perigo".

Sobre o assassinato de Moise, cujo funeral de Estado será realizado nesta sexta-feira, Henry prometeu "que todos os culpados, os autores e seus patrocinadores deverão ser identificados e responderão por seus atos diante da Justiça haitiana".

O Haiti não tem um Parlamento funcionando no momento e estava afundado em uma profunda crise política e de segurança pública quando Moise foi assassinado.

A polícia haitiana prendeu cerca de 20 ex-militares colombianos que participaram como mercenários do assassinato e afirma ter descoberto um complô organizado por um grupo de haitianos. incluindo um ex-senador que está sendo procurado e um pastor radicado na Flórida (EUA). Estes homens teriam recrutado o grupo por meio de uma empresa de segurança venezuelana com sede em Miami.

Henry também agradeceu à comunidade internacional pelas vacinas contra a covid-19 que foram doadas ao povo haitiano. Os primeiros lotes chegaram em 14 de julho ao país, que conta com uma intraestrutura de saúde extremamente precária.

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